
Quando a noite é boa, a sorte sorri. Cristian Olivera estava em uma noite boa neste sábado do Gre-Nal 447, 1 a 1 na Arena. Seu chute, no lance que virou gol do Grêmio, teria entrado na galeria dos piores momentos do futebol. Talvez surpreendido pela conclusão-cruzamento de Marlon, deu com o joanete na bola, que pararia na linha lateral. Mas encontrou o corpo de Anthoni, que recém havia feito uma grande defesa, e adormeceu abraçada na rede.
Agora, é injusto resumir a atuação do uruguaio no Gre-Nal a esse lance, por mais que tenha sido capital. É insuficiente dizer que teve uma noite boa ou que foi abençoado pela sorte.
O jogador foi o grande nome de um ataque que ressurgiu depois da saída do argentino Gustavo Quinteros, virou a válvula do lado direito gremista e sai do clássico com ânimo renovado para a sequência de 2025.
Oliveira, o Kike como a torcida gosta de chamar, encarnou os velhos ponteiros dos anos 1960 e 1970. Driblador, insinuante, levando a bola para a linha de fundo, procurando o centroavante. Com corpo firme, braços abertos e pernas ágeis.
Entrou como se estivesse na velocidade 2x do WhatsApp. E encontrou adversários em ritmo normal. Mesmo um que costuma ser acelerado, como Bernabei. O argentino passou 78 minutos, contando os acréscimos do primeiro tempo, correndo atrás do uruguaio.
Kike driblou, deu encontrão, fez faltas. Ganhou 11 dos 21 duelos que teve e deu quatro carrinhos.
O próximo técnico do Grêmio já sabe que tem uma alternativa insinuante e forte para o ataque. Talvez, o sistema ofensivo do time tenha um recomeço a partir do Gre-Nal de Cristian Olivera. Sua missão, agora, é não deixar que tenha sido só uma noite boa.
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