O presidente da Uefa, Michel Platini, chamou de "escravagismo" a propriedade de jogadores por terceiros, por meio de empresários ou fundos de investimento, por exemplo, uma prática muito comum no futebol brasileiro.
- Eu mesmo fiz greve em 1972, para que o atleta seja livre, pertencendo apenas a ele mesmo. Hoje, vejo jogadores que têm um braço pertencendo a uma pessoa, a perna a um fundo de investimento baseado não sei onde, o pé a outra... Acho isso vergonhoso. Voltamos a uma forma de escravagismo dos tempos passados - afirmou o ex-craque francês, em bate-papo com fãs, jogadores e treinadores divulgado no Youtube.
Em março de 2014, durante um congresso da Uefa, Platini tinha instigado o presidente da Fifa, Joseph Blatter, a ter a "coragem política" de acabar com um "problema que representa um grave perigo para o futebol".
Em setembro, o comitê executivo decidiu proibir a participação de terceiros na compra de direitos de jogadores, com um período de transição para aplicar as medidas.
- Pressionei muito a Fifa para acabar com a propriedade de jogadores por terceiros. Na última reunião do comitê executivo, aceitaram acabar totalmente com esta prática. Coloquei a Fifa diante das suas responsabilidades, mas temos que ir mais longe neste tema - completou Platini, que respondia a uma pergunta de Laurent Blanc, técnico do Paris Saint-Germain.
*AFP