O crescimento do mercado chinês chegou a um novo patamar nesta quinta-feira. Diego Tardelli, do Shandong Luneng, tornou-se o primeiro jogador que atua no país a ser convocado pela Seleção Brasileira. O técnico Dunga afirmou que está atento ao mercado asiático.
- Vamos ver de todas as formas, temos profissionais brasileiros que trabalham nesses países. É uma dificuldade maior e nova para o cargo da Seleção Brasileira. Falam que o treinador da Europa não precisa viajar, o brasileiro tem mais dificuldade de observação. Vamos buscar informações com profissionais da área na China, se possível vamos estar presentes em jogos importantes também - disse o técnico da Seleção.
Dunga, que atuou no futebol japonês nos anos 1990, falou sobre as diferenças técnicas dos países em desenvolvimento no futebol com nações já consolidadas.
- A condição técnica dos jogadores, já conhecemos. A observação vai ser na parte física e de competitividade. Eu tive a experiência de jogar no Japão, o jogador está mais focado na concentração, vai jogar com jogadores que não têm experiência. Eles conseguem fazer as coisas mais difíceis, que você acha que eles vão errar, e erram as mais fáceis. Os jogadores vão seguramente se confrontando com jogadores de outros países. Vai ter mais cobrança na questão de rendimento - analisou.
Apesar de convocar Diego Tardelli, Dunga deixou de fora da lista outros dois jogadores que vinham sendo convocados, mas que se mudaram para a China: Ricardo Goulart e Éverton Ribeiro, ex-atletas do Cruzeiro.
- A situação é única, estão iniciando a pré-temporada, é normal que não estejam no top da condição. Chamar três jogadores de um campeonato que recém iniciou seria complicado. Optamos por um (Diego Tardelli), que já era titular. Assim, você diminui o risco de trazer jogadores longe da condição ideal. Esse vai ser nosso primeiro jogo no ano, precisamos de jogadores em ritmo de competição.
O Brasil enfrenta a França em Paris, no dia 26, e o Chile, em Londres, três dias depois.
*ZHESPORTES