Comandado pelo técnico Roger Machado, o Novo Hamburgo mostra suas armas para o Gauchão. Após apresentar os atacantes Luís Mário e Leandrão, o clube anilado assinou nesta segunda-feira com o volante Magrão, 36 anos, de passagem pela Seleção Brasileira e trajetória vitoriosa em clubes como Palmeiras, Corinthians e Inter.
- O Magrão dispensa apresentações, é um jogador que vai nos ajudar muito - avalia Roger.
Foi no Beira-Rio onde o jogador levantou a maioria de suas taças. Entre 2007 e 2009, Magrão fez parte do grupo que conquistou a Sul-Americana (2008), a Copa Suruga (2009) e dois Gauchões (2008 e 2009). Em entrevista a ZH, o volante fala de sua motivação para atuar no Novo Hamburgo, do projeto do clube para conquistar o estadual e de sua identificação com o Inter.
O que motivou teu acerto com o Novo Hamburgo?
Primeiro, foi voltar a morar em Porto Alegre. Era uma vontade minha, já estou há algum tempo fora (deixou o Inter em 2009). Joguei nos Emirados Árabes (Al-Wahda e Dubai Club), em Recife (Náutico) e Belo Horizonte (América-MG). Fico ao menos quatro meses aqui. Estava negociando havia 20 dias com o Novo Hamburgo, que tem ótima estrutura e vem beliscando no Gauchão.
Como é o projeto que a diretoria te apresentou?
Me agradou o projeto, foi o motivo para eu recusar outras propostas. Tinha convite dos Emirados, mas não queria voltar. Aqui no Brasil, outros dois clubes tinham interesse. No Gauchão, quase tudo se resume à dupla Gre-Nal. Nossa meta é se intrometer ali. Sempre briguei por títulos onde passei. Não vim ao Novo Hamburgo para passear. Vamos incomodar a dupla Gre-Nal.
Como Magrão pode ajudar o time no Gauchão?
Tenho não só experiência, mas estou fisicamente bem. E ainda tenho 25 dias de pré-tempoada pela frente. Tenho vontade de jogar e de vencer. Quem me viu no Inter, no Palmeiras e no Corinthians sabe como eu sou e o que posso agregar. Tenho força de vontade e gana para vencer.
Com 36 anos, pensa em aposentadoria?
Ainda não passa não. Meu biotipo me ajuda muito, sou um cara esguio, magro, sem tendência a engordar. Tive poucas lesões musculares na carreira, isso me ajuda. Gosto do que faço e, enquanto me sentir bem fisicamente, sigo jogando. O Gauchão vai ser um termômetro, é uma competição muito forte, de contato e força. Vai servir de parâmetro para o que quero da minha carreira.
Com nomes de peso, o título do Gauchão é possível?
Título é dificil de falar. É equipe em formação, mas trazer jogadores acostumados a brigar por títulos é um bom caminho. Caxias e Juventude já foram campeões. Impossivel não é, só que não é tão simples. O investimento que a dupla faz é muito pesado. Mas se forem deixando, quem sabe podemos chegar, né.
Que te parece a chance de trabalhar com o Roger?
É um cara que está querendo crescer e tem uma trajetória vencedora no futebol. Ele me ligou, sabia do interesse que eu tinha em ficar em Porto Alegre. Me falou que o time está com uma garotada muito boa. O que eu tinha de fazer fora do país, eu já fiz. E terminei a Série B bem fisicamente (jogando pelo América-MG). Me reuni com a diretoria e acertamos no final de semana.
O grupo tem vários jovens. Como você pode ajudá-los?
Tentando ser exemplo positivo de trabalho. Penso que a história fica lá atrás, o que vale é o agora. O que posso mostrar para essa meninada é que continuo com a mesma vontade. Sempre me dediquei aos treinamentos. Talvez não ajude com palavas. Mas sim, com exemplo.
Se fizer gol contra o Inter, você vai comemorar?
É complicado, cara. Seria muito difícil. Quando joguei pelo Inter contra o Corinthians e fiz gol, não comemorei. Tenho um carinho muito grande pelo Inter, seria muito difícil comemorar. Prefiro deixar para comemorar se eu marcar contra o Grêmio.
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Adriano de Carvalho
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