Após chegar às quartas de final no Gauchão do ano passado, eliminado pelo Inter, o Cruzeiro deseja ir mais longe. Para isto, a direção manteve o técnico Luís Antônio Zaluar e aposta na mescla entre garotos da base e reforços como o volante Paraná, ex-Inter, o atacante Wesley, ex-Grêmio, e o zagueiro André Ribeiro, ex-Vasco.
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Na prática, é um novo time em relação a 2014. Dos 30 atletas no plantel, 11 são garotos promovidos do sub-19 e do sub-20 - que seguiram trabalhando no segundo semestre. Apenas cinco jogadores permaneceram: o lateral Claydir, os zagueiros Carlão e Claudinho, o volante Reinaldo e o atacante Leandro Rodrigues. Este último, com mais de 15 clubes no currículo, aos 32 anos carrega a experiência de ter atuado na Europa e na Ásia.
- Sabemos que as dificuldades são enormes. Mas tivemos um bom tempo para treinar e esperamos fazer uma campanha melhor ou no mínimo igual ao ano passado - comenta Rodrigues.
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O grupo de jogadores iniciou a pré-temporada em 15 de dezembro. Desde então, realizou nove jogos-treino, com sete vitórias e dois empates (contra Brasil-Pel e Caxias). Ao todo, marcou 27 gols e foi vazado apenas quatro vezes. O último teste ocorreu sábado, contra o Kamaradas, de Canoas, vencido por 3 a 1.
- Estes amistosos nos dão ritmo de jogo e farão com que nosso grupo possa iniciar o Gauchão com muita força - avalia o volante Paraná.
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Por meio de uma parceria com o Porto Alegre F.C., administrado por Roberto de Assis Moreira, irmão de Ronaldinho, a pré-temporada é realizada no Estádio Parque Lami, na zona sul da Capital.
Ainda sem sua nova arena com capacidade para 16 mil pessoas, que está sendo erguida em Cachoeirinha, o Cruzeiro mandará seus jogos no Gauchão no Vieirão, em Gravataí. É lá que ocorrerá a estreia contra o Veranópolis, em primeiro de fevereiro.
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"O Cruzeiro precisou fazer um novo time"
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Como foi o trabalho de montagem do grupo?
O Cruzeiro precisou fazer um novo time. A base seguiu trabalhando, o sub-20 e o sub-19. Mas o profissional ficou parado depois do Gauchão. Observamos os garotos e trouxemos reforços para o grupo. Nosso time hoje tem mais qualidade do que no ano passado. Teremos quatro jogos dificílimos já no início (VEC, Brasil-Pel, Juventude e Inter). Precisamos estar preparados.
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Qual é o objetivo da sua equipe no Gauchão?
Ano passado, o Cruzeiro era apontado como um dos rebaixados. Mas entramos na zona de classificação na terceira rodada e não saímos mais. Precisamos de 18 pontos para nos garantirmos. A partir daí, vamos em busca da pontuação para ficar entre os oito primeiros. Como técnico do ano passado, creio que este grupo tem condições de ir mais longe ainda.
E qual é o principal destaque de seu grupo?
A força do Cruzeiro é a qualidade do elenco. Um time como o nosso, com uma estrutura menor, não tem condição de contratar ídolos. Assim, o mais importante é a formação do plantel. Não posso ter só 11 jogadores. Preciso ter 30. Ano passado, usei 29 jogadores em 16 jogos. Este ano, vamos ter 32 atletas e eles precisam estar prontos para jogar.
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Seu plantel já está fechado?
A porta de entrada e de saída está sempre aberta. Hoje tenho 30 jogadores, faltam dois para a gente completar os 32 que queremos. No nosso grupo temos 11 jogadores que subiram do sub-20 e do sub-19. Nós precisamos valorizar a base, este é o segredo dos clubes de menor investimento.
Não ter o estádio pronto é um problema?
O Cruzeiro não teve casa esse ano. Mas, em contrapartida, temos uma estrutura maravilhosa no CT do Porto Alegre. Isso é tão importante como ter um estádio. A diretoria está fazendo um milagre em construir uma arena sem apoio. O estádio do Cerâmica é um paliativo, mas fomos bem nos jogos que fizemos lá. Nós temos casa para treinar, mas não para jogar.