Um dos principais jogadores do Inter, o meia Alex foi entrevistado por Adroaldo Guerra Filho, no Paredão do Guerrinha deste sábado (01). O camisa 12 do Inter contou como foi seu começo no futebol, que aconteceu embora ele não tivesse o sonho de ser jogador profissional. As passagens pelo Corinthians, futebol russo e pelo Catar foram temas do bate-papo descontraído.
No entanto, relembrando a época em que esteve no Catar, entre 2012 e 2013, Alex revelou de forma exclusiva o que viveu por lá antes do retorno ao Inter. O jogador confidenciou que chegou a ser impedido de entrar em sua própria casa. O Al-Gharafa não queria que ele permanecesse no clube, mas não aceitava nenhuma das propostas do Inter, tentando fazer com que o jogador deixasse o país sem quitar o que lhe era devido.
“Eles disseram ‘nós trocamos as fechaduras da sua casa e caso você entre lá vai dar problema com a polícia’. Nisso, minha esposa começou a chorar”, recorda Alex.
Alex chegou a ligar para Nilmar, que estava atuando no Catar para ficar na casa dele, mas foi seguido por representantes do Al-Gharafa. O meia recorda que se sentiu “um criminoso” e que após conversar com o xeque dono do clube ainda saiu do país sem receber parte do que era devido.
“Se você for um dia no Brasil, pode ter certeza que nem você e nenhum desses vagabundos que fizeram isso comigo vão ser mal recebidos como eu fui agora. Isso não se faz nem com um animal”, disse Alex ao xeque dono do Al-Gharafa.
Foi necessária a intervenção de um empresário, que conseguiu com que Alex falasse com o príncipe do país para que o jogador levasse seus pertences para o Brasil, onde finalmente acertou o retorno ao colorado, depois de longo tempo negociando.
Concentração é uma boa?
Questionado sobre a eficiência da concentração, que antes de alguns jogos não é mais adotada pelo Inter, Alex disse que quanto mais puder relaxar e se cuidar em casa, com a família, melhor. No entanto, lamenta que alguns jogadores de futebol não se cuidem devidamente.
“O problema é a mentalidade do jogador, principalmente o jogador brasileiro. Não entendo como um cara não tem consciência de comer um prato de arroz com feijão e descansar o corpo dele. Ficar no hotel ou não? Não faz diferença nenhuma”, disse.
Alex acredita que manter um grupo de jogadores de futebol em um hotel por dois dias não garantem que o atleta deixe de fazer coisas que faria fora deste ambiente.
“Se você tranca o cara dois dias, ele pode levar mulher para o hotel, beber cerveja escondido... A não ser que você coloque o cara na sua casa e controle até o que ele come”, analisa.
Aposentadoria? Só depois do título que falta
Bicampeão da Libertadores e Mundial pelo Inter, campeão continental de forma inédita pelo Corinthians, onde também conquistou a Copa do Brasil... Currículo de dar inveja a qualquer jogador. No entanto, uma taça ainda falta na estante de Alex: um campeonato brasileiro pelo Inter.
“Enquanto não ganhar, não me aposento. Eu quero muito”, diz Alex.
O contrato de Alex vai até a metade do ano que vem como Inter. O meia afirma que quer ficar, mas entende que a eventual abertura de uma negociação só será aberta depois das eleições presidenciais do clube.
Querência Amada
Ambientado com Porto Alegre e com o Estado, Alex, que nasceu em Cornélio Procópio, no interior do Paraná, tem o ritmo sertanejo como seu preferido e até se arrisca no violão. Mas Alex também conhece e entende e gosta da cultura gaúcha. No encerramento do papo com Guerrinha, o jogador do Inter tocou e cantou a música “Querência Amada”.
Assista ao vídeo da chamada do programa, onde Alex interpreta um trecho da música:
Ouça o Paredão do Guerrinha com Alex, meia do Internacional.
Ouça a segunda parte do Paredão do Guerrinha com Alex, meia do Internacional.