A Prefeitura de Porto Alegre ainda não sabe o que será feito com os entulhos depositados ao lado do estádio Beira-Rio. No local, foi construído um estacionamento com 1,4 mil vagas, sendo que 900 estão sobre os resíduos compactados. A permanência ou não dos entulhos na área pública, que fica entre o estádio Beira-Rio e o viaduto da Av. Pinheiro Borda, depende do resultado da análise que está sendo realizada pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) sobre o material. No entanto, caso os resíduos não possam ser aproveitados, a Prefeitura irá exigir que os responsáveis pelo material façam a remoção, conforme garante o titular da Secretaria Municipal da Gestão, Urbano Schmitt:
"A responsabilidade do entulho não é da Prefeitura. Então, por isso, não será de responsabilidade dela a retirada dele. Então, nesse sentido, estamos trabalhando muito forte na hipótese que ele possa permanecer lá e ser aproveitado onde se encontra hoje", defende.
Por enquanto, não há previsão de conclusão da análise dos entulhos pela Smam. Nos últimos dois jogos do Inter no estádio Beira-Rio, a Empresa Público de Transporte e Circulação (EPTC) cobrou R$ 20 para que os torcedores utilizassem o estacionamento inacabado.
Por causa dos entulhos, a parte do estacionamento que ao lado da Av. Edvaldo Pereira Paiva está em um nível superior à área que está à beira da Av. Padre Cacique, onde a Prefeitura já recolheu os resíduos decorrentes da demolição da Escola de Samba Praiana e um abrigo municipal que havia no local. No lado mais alto, há 900 vagas para veículos; no mais baixo, 500 vagas.
Relembre o caso
A Fifa solicitou, para a Copa do Mundo, 1,4 mil vagas de estacionamento no entorno do estádio Beira-Rio. Para atender à solicitação, a Prefeitura projetou o estacionamento entre o estádio do Inter e o viaduto da Av. Pinheiro Borda. Porém, a área serviu como depósito de entulhos, supostamente oriundos das obras de reforma do clube colorado.
A Prefeitura solicitou que o Inter retirasse o material do local, mas a direção colorada se nega a atender o pedido e alega que não tem responsabilidade sobre os entulhos, mesmo que estes tenham sido resultantes das obras do estádio. A Andrade Gutierrez, responsável pela reforma, alega que o material já estava no local antes de iniciar as obras do Beira-Rio.
Gaúcha
Após Copa, destino dos entulhos despejados ao lado do Beira-Rio é indefinido
Prefeitura faz análise sobre resíduos e defende que, se estiverem contaminados, vai buscar os responsáveis
Cristiano Goulart
Enviar emailGZH faz parte do The Trust Project