A equipe de esportes de GZH listou, por ordem alfabética, algumas personalidades que fizeram história nas 21 edições da Copa do Mundo. Confira a lista abaixo:
A - Ademir Menezes
Ademir Menezes foi o artilheiro da Copa do Mundo de 1950. Naquela oportunidade, o centroavante do Vasco da Gama marcou nove gols em seis jogos. Depois da Copa, sofreu lesões no pé e nos meniscos que o afastaram durante meses dos gramados. Seis anos depois, com apenas 31 anos, pendurou as chuteiras. Na Seleção, ele atuou em 41 jogos e marcou 35 gols. Ele morreu em 1996.
B - Beckenbauer
Ao lado de Mário Jorge Lobo Zagallo, o alemão Franz Beckenbauer tem no currículo um feito difícil de ser alcançado, campeão como jogador e treinador. Em 1974, na Copa disputada na Alemanha Ocidental, ele era o capitão da equipe e, em 1990, na Itália, o Kaiser era o comandante do time que alcançou o tricampeonato. Beckenbauer vestiu a camisa alemã em 103 oportunidades e marcou 14 gols.
C - Cruijff
O Carrossel Holandês assombrou o mundo do futebol no começo da década de 1970. O auge do time comandado por Rinus Michels aconteceu na Copa da Alemanha Ocidental em 1974, quando a Laranja Mecânica chegou ao vice-campeonato, com um futebol revolucionário, e que tinha como grande condutor seu camisa 14, Johann Cruijff.Na Seleção Holandesa atuou em 48 jogos e marcou 33 gols. Ele faleceu em 2016, após lutar contra um câncer no pulmão.
D - Didi
Inventor da "Folha Seca", Didi era daqueles meio-campistas cerebrais. Chamado de Príncipe Etíope, ele ajudou o Brasil a vencer as Copas de 1958/62. Em 1970, já como treinador, conduziu o Peru às quartas de final.
Didi atuou 74 vezes pela Seleção Brasileira e marcou 21 gols. Morreu em 2001.
E - Eusébio
Considerado até hoje o maior jogador de Portugal em todos os tempos, o moçambicano naturalizado português Eusébio rivalizou com Pelé, na década de 1960, o título de melhor do mundo. Na Copa de 1966, na Inglaterra, o Pantera Negra, como era chamado, marcou nove gols e ajudou a equipe treinada pelo brasileiro Oto Glória a ficar com a terceira colocação, depois de eliminar o Brasil, de Pelé, na primeira fase. Na Seleção Portuguesa fez 64 jogos e marcou 41 gols. Em 2014, o Pantera Negra morreu aos 70 anos.
F - Fontaine
Marroquino de nascimento, Just Fontaine é o maior artilheiro de uma única edição de Copa. Na Suécia, em 1958, ele marcou 13 vezes defendendo a França. Foram três contra o Paraguai (7 x 3), dois contra a Iugoslávia (3 x 2), um contra a Escócia (2 x 1), dois contra a Irlanda do Norte (4 x 0), um contra o Brasil (2 x 5) e quatro contra a Alemanha Ocidental (6 x 3). Em março de 1960, quando atuava pelo Reims, em um jogo contra o Sochaux, Fontaine fraturou a tíbia e o perônio da perna direita. Voltou a jogar em novembro, mas em dezembro voltou a sofrer a mesma lesão e decidiu abandonar o futebol aos 27 anos. Virou garoto-propaganda da Adidas e depois foi presidente do Sindicato dos Jogadores da França, onde lutou por contratos mais longos para os atletas. No total fez apenas 20 jogos com a camisa dos Bleus e marcou incríveis 27 gols. Ele faleceu em março de 2023, aos 89 anos.
G - Garrincha
Driblador e irreverente, Garrincha é considerado até hoje um dos maiores atacantes da história do futebol. Em 1958 na Suécia ajudou o Brasil a conquistar sua primeira Copa. Quatro anos mais tarde, depois que Pelé se contundiu, ele assumiu a liderança técnica da equipe e conduziu a Seleção Brasileira ao bicampeonato. Ainda jogou a Copa de 1966, na Inglaterra, quando o time brasileiro foi eliminado na primeira fase. Pela Seleção, Garrincha marcou 13 gols em 50 jogos disputados. Morreu em janeiro de 1983, aos 49 anos, vítima de alcoolismo.
H - Hurst
Na Inglaterra campeã em 1966, em que brilhavam Gordon Banks, Bobby Charlton e Boobby Moore, Hurst foi o grande nome da final contra a Alemanha Ocidental, ao marcar três dos quatro gols do English Team. Ele ainda jogou a Copa de 1970, no México. Hoje, aos 81 anos, Sir Geoffrey Charles Hurst é lembrado pelos 24 gols em 49 partidas pela Inglaterra.
I - Iniesta
Andrés Iniesta é considerado um dos melhores jogadores da atualidade. Discreto, o camisa 8 do Barcelona e da Seleção Espanhola tem como suas principais características dribles desconcertantes, extrema precisão nos passes de média e longa distância e um potente chute de fora da área. Iniesta colocou seu nome na história do futebol após ter marcado o gol que deu o primeiro título de campeã mundial à Fúria, em 2010, na África do Sul. Joga no Emirates Club, dos Emirados Árabes.
J - Jairzinho
Jairzinho não foi o artilheiro da Copa do Mundo de 1970. Mas, naquele Mundial realizado no México, o camisa 7 da Seleção Brasileira estabeleceu uma marca que até hoje não foi sequer igualada. Marcou gol em todos os seis jogos disputados. Depois do Mundial, Jairzinho passou a ser chamado de Furacão da Copa. Ainda jogou a Copa de 1974, na Alemanha, e se despediu da Seleção Brasileira em um amistoso contra a Tchecoslováquia, oito anos mais tarde, no Morumbi. Ao todo, Jairzinho atuou 100 vezes com a camisa canarinho e marcou 40 gols.
K - Kocsis
Num time em que brilhava o extraordinário Ferenc Puskas, Sandor Kocsis era o responsável pelos gols. Ponta de lança, tinha no cabeceio, sua maior virtude. Na Copa da Suíça, em 1954, ele marcou 11 vezes e foi o artilheiro da Hungria, vice-campeã mundial. Naquela Copa, os húngaros marcaram 27 gols em cinco jogos. Para fugir do exército, Kocsis trocou de clube em 1956, saindo do Ferencváros para o Honved, equipe do exército, já que quem atuava no time não era obrigado a servir. Em 1979, enfrentou problemas de irrigação sanguínea e precisou amputar uma perna. Logo depois, um câncer no estômago o levou ao suicídio, ao pular de uma janela na clínica em que estava internado em Barcelona. Com a camisa Magyar, Kocsis marcou 75 gols em 68 jogos. Ele morreu em 1979.
L - Lionel Messi
O craque argentino eleito oito vezes o melhor do mundo pela revista France Football, não podia ficar de fora dessa lista depois de ser o grande protagonista do tricampeonato mundial da Argentina, em 2022, no Catar. Ele também atuou em outras quatro Copas (2006, 1020, 2014 e 2018), sendo, inclusive, eleito o melhor jogador da edição de 2014, no Brasil. Messi tem 26 jogos em Copas e marcou 13 gols.
M - Maradona
Diego Armando Maradona é considerado Deus na Argentina. A idolatria por "El Diez" chegou à níveis extremos, quando ele conduziu a seleção argentina ao título na Copa de 1986, no México. Na partida contra a Inglaterra, pela quartas de final, Don Diego fez um golaço driblando meio time britânico e outro com a mão, a chamada "Mano de Diós". Em 1990, conduziu uma combalida Argentina ao vice-campeonato. Em 1994, nos Estados Unidos, foi flagrado em um exame antidoping e acabou sendo expulso da Copa e suspenso do futebol. Na Seleção Argentina, Maradona atuou 91 vezes e marcou 34 gols. O craque argentino morreu em novembro de 2020, vítima de um ataque cardíaco.
N - Neeskens
Mesmo sem contar com a genialidade de Johan Cruijff, a Holanda voltou a disputar uma final de Copa em 1978, na Argentina. O grande cérebro daquela equipe era um remanescente do Carrossel, Johan Neeskens. Ele era apontado como peça-chave do Carrossel Holandês e praticamente todas as jogadas de ataque passavam pelos seus pés. Pela Seleção Holandesa, atuou por 51 vezes e marcou 17 gols.
O - Obdulio Varela
Obdúlio Varela foi o capitão da Seleção Uruguaia na Copa do Mundo de 1950, quando a Celeste Olímpica calou mais de 200 mil pessoas no Maracanã. Empurrou um time tecnicamente inferior à vitória, de virada, sobre o Brasil, por 2 a 1, e passou a ser chamado de El Gran Capitán. Um outro fato marcante da carreira de Obdulio Varela aconteceu em meados da década de 50, quando o Peñarol acertou um contrato de patrocinador em suas camisas, uma novidade na época, que renderia dinheiro para o clube e jogadores. Porém, ele se recusou a receber um centavo sequer e a equipe entrou em campo com dez camisas patrocinadas e uma sem nenhum anúncio. Em 52 jogos pela Celeste, marcou 8 gols. Morreu aos 78 anos, em 1995.
P - Pelé
Na Copa do Mundo de 1958 na Suécia, o menino Pelé tinha apenas 17 anos. Mas foi a partir de seu ingresso no time comandado por Vicente Feola que o Brasil passou a formar uma das maiores equipes de todos os tempos. Ele entrou em campo quatro vezes e marcou seis gols, sendo dois na final contra o time da casa. Em 1962, no Chile, jogou apenas as duas primeiras partidas e marcou um gol, contra o México, na estreia. Em 1966, na Inglaterra, uma lesão o atrapalhou e ele esteve em campo em dois jogos, marcando um gol diante da Bulgária. O auge de Pelé veio na Copa de 1970 no México, quando ele jogou todas as seis partidas e marcou quatro vezes, uma delas na final contra a Itália.
Em 15 de maio de 1981, o jornal francês L'Equipe concedeu a Pelé o título de Atleta do Século, em uma pesquisa feita aos vinte mais importantes jornais do mundo. O Rei do Futebol recebeu 178 votos contra 169 do norte-americano Jesse Owens, vencedor de quatro medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de Berlim em 1936. Na Seleção Brasileira, Pelé atuou 92 vezes e marcou 77 gols. O maior jogador brasileiro da história morreu aos 82 anos, no final de 2022.
Q - Quiroga
A Argentina foi campeã em 1978, mas até hoje suspeitas recaem sobre a forma como os argentinos conseguiram chegar à decisão daquele Mundial. Tudo porque, na fase semifinal, os Hermanos golearam o Peru por 6 a 0 e eliminaram o Brasil no saldo de gols. Naquele jogo disputado em Rosario, o goleiro da seleção peruana era um argentino naturalizado, Ramón Quiroga, curiosamente nascido na cidade onde ficaria marcado para todo sempre na história do futebol. Em 1982, na Espanha, ele voltou a defender a seleção peruana em uma Copa do Mundo. Ao todo, fez 40 jogos por seu país de adoção.
R - Ronaldo
Ronaldo Luís Nazário de Lima tinha apenas 17 anos, quando o Brasil venceu a Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos. Da reserva no Tetra para a Bola de Ouro na França, quatro anos depois, ele teve que conviver com uma convulsão horas antes da final contra a França. Depois de sofrer grave lesão no joelho, quando defendia a Internazionale de Milão, Ronaldo chegou a ser considerado ex-atleta, mas o Fenômeno voltaria em grande estilo, na Copa de 2002, e com oito gols levaria o Brasil ao Penta.
Em 2006, fora de forma, não fez um grande Mundial na Alemanha, mas apesar da eliminação para a França nas quartas, tornou-se o maior artilheiro da história das Copas, com 15 gols. Depois, foi ultrapassado por Klose, da Alemanha, que completou 16 gols em 2014. Despediu-se dos gramados em 2011. Na Seleção fez 67 gols em 104 jogos. Hoje, ele é proprietário e presidente do Real Valladolid, da Espanha. Ronaldo também é sócio-proprietário do Cruzeiro.
S - Stábile
O argentino Guillermo Stábile foi o primeiro artilheiro de uma Copa do Mundo. No Uruguai, em 1930, ele balançou as redes em oito oportunidades, uma delas na decisão perdida pela Argentina para o Uruguai por 4 a 2. Depois de encerrar a carreira como jogador ainda treinou a seleção de seu país por 18 anos, entre 1940 e 1958, um recorde até hoje. Depois de treinar a seleção de seu país, ele ainda foi diretor da Escola Nacional de Treinadores da Argentina, até sua morte, em novembro de 1966, aos 60 anos de idade. Chamado de El Infiltrador, graças aos seu estilo de passar no meio dos zagueiros, Stábile jogou 31 vezes pela Argentina e marcou oito gols, todos eles na Copa de 1930.
T - Taffarel
Cláudio André Mergen Taffarel disputou três Copas do Mundo e esteve presente em duas finais. Nos Estados Unidos, em 1994, defendeu dois pênaltis na final contra a Itália, e na França, quatro anos mais tarde, o gaúcho de Crissiumal pegou outros dois na semifinal contra a Holanda, e ajudou o Brasil a disputar mais uma decisão. Taffarel é o único jogador da Seleção Brasileira a nunca ser substituído em três Copas do Mundo consecutivas: 1990, 1994 e 1998, num total de 18 jogos como titular absoluto. Hoje, é treinador de goleiros do Liverpool e da Seleção Brasileira.
U - Uwe Seeler
Uwe Seeler não era um jogador de requintes e pode ser considerado o precursor do centroavante tanque alemão. Não era alto, mas tinha muita força e a utilizava para abrir espaços nas defesas adversárias. Disputou as Copas do Mundo de 1966, na Inglaterra, e de 1970, no México. Ao lado de Pelé, detêm o recorde de jogador em Copa do Mundo a ter feito gols em quatro mundias (1958-1962-1966-1970). Pela Seleção Alemã fez um total de 72 partidas e marcou 43 gols. Ele morreu em julho de 2022, aos 85 anos.
V - Vittorio Pozzo
O italiano Vittorio Pozzo é o único treinador a vencer duas Copas do Mundo. Ele conduziu a Itália aos títulos de 1934, quando a Azzurra jogou em casa, e em 1938, quando o Mundial foi disputado na França. Pozzo comandou a Itália em 95 jogos, ganhando 63 deles. Com os títulos nas Copas 1934 e 1938, e a medalha de ouro nos Jogos Olímpico de Berlim, em 1936, é até hoje, o único técnico que ganhou Copa e Olimpíada dirigindo seleções de futebol. Sua reputação ficou arranhada, especialmente entre os jovens italianos, após a Segunda Guerra Mundial por suas idéias de direita, embora não tivesse uma ligação clara com o Partido Fascista. Pozzo morreu no final de 1968, aos 82 anos.
W - Fritz Walter
O título conquistado pela Alemanha Ocidental na Copa do Mundo de 1954, na Suíça, foi uma surpresa para todos, afinal a Hungria era apontada como grande favorita. Porém, na decisão, os alemães capitaneados por Fritz Walter derrotaram os húngaros por 3 a 2 e o meia do Kaiserslautern ergueu a taça de campeão. É considerado até hoje, com o primeiro Kaiser do futebol alemão. Durante a Segunda Guerra Mundial, Walter foi convocado pelo exército e passou a integrar a brigada de Paraquedistas do Reich, durante quatro anos. Walter aposentou-se em 1959. Na eleição dos melhores jogadores europeus nos cinquenta anos da UEFA, foi escolhido com o melhor alemão. Faleceu aos 81 anos de idade, em junho de 2002. Nos gramados, defendeu a Alemanha em 61 jogos e marcou 33 gols, sendo o 10º maior artilheiro da história da Seleção.
X - Xavi
Dono de uma visão de jogo fantástica e de passes extremamente precisos, Xavi Hernández é um dos principais jogadores deste século e na Copa de 2010, na África do Sul, foi um dos responsáveis pela conquista do primeiro título mundial da Espanha. Pela seleção principal da Espanha, disputou as Copas do Mundo de 2002, 2006 e 2010 e ainda tem no currículo dois títulos de Eurocopa e a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Sydney em 2000. Atualmente, é treinador do Barcelona.
Y - Yashin
Aranha Negra era o apelido de Lev Yashin, titular da União Soviética nas Copas de 1958, 62 e 66. Jogando sempre de preto, tornou-se um dos maiores goleiros da história, graças à sua agilidade debaixo das traves. Até hoje, é o único goleiro a receber a Bola de Ouro de melhor jogador da Europa, em 1963. Em 1984 teve que amputar uma perna devido a um problema circulatório e em 1986 sofreu um derrame cerebral. Faleceu em março de 1990, vítima de câncer no estômago. Yashin atuou 78 vezes pela seleção da União Soviética e conquistou o título da Eurocopa de 1960 e a medalha de ouro da Olimpíada de 1956, em Melbourne.
Z - Zidane
Fã incondicional do uruguaio Enzo Francescoli, o francês Zinédine Zidane é um dos maiores jogadores dos últimos 30 anos. Na Copa de 1998, foi expulso durante a primeira fase, contra a Arábia Saudita, mas voltou em grande estilo e marcou dois gols na decisão contra o Brasil. Em 2002, na Coréia do Sul e no Japão, sofreu com uma grave lesão muscular e entrou em campo em apenas uma partida e não pode evitar a precoce eliminação dos campeões mundiais ainda na primeira fase. Na Copa de 2006, na Alemanha, aos 34 anos, Zidane brilhou nos jogos contra o Brasil e a Espanha e reconduziu a França a uma decisão. Porém, quando o jogo estava empatado, desferiu uma cabeçada no zagueiro italiano Marco Materazzi e acabou sendo expulso. Despediu-se dos gramados logo depois da Copa da Alemanha, com 31 gols em 108 partidas com a camisa francesa. Como treinador, comandou o Real Madrid por mais de 250 jogos. Atualmente, está sem clube.