Aproveitando as férias para visitar familiares em Pelotas, o atacante Taison, do Shakhtar Donetsk, concedeu entrevista ao programa Dose Dupla desta quinta-feira (29). Taison comentou a comparação feita com Messi por Wianey Carlet, ainda nos tempos em que jogava no Inter.
"É brincadeira do Wianey. Agradeço, mas o Messi é o Messi. Ele e Cristiano Ronaldo são dois (jogadores) com quem não pode se comparar", disse.
E se o assunto é comparação...
O jovem Leandro, de 19 anos, atacante que fez a assistência para o segundo gol de Wellington Paulista sobre a Chapecoense, foi comparado a Taison por sua velocidade e movimentação.
"As vezes ser comparado com outro jogador pode prejudicar. Mas, fico feliz pela comparação", comentou Taison, dizendo que Leandro deve aproveitar e aprender com jogadores mais experientes do elenco colorado, como D'Alessandro e Juan.
Taison e acompanha sempre as notícias e a situação do Inter nos campeonatos que disputa, mesmo quando está na Europa. O atacante reafirmou sua paixão pelo clube que o projetou.
"Ontem mesmo vi o jogo e torci muito. O Inter é o clube que não sai do meu coração e vou sempre amar o Inter pelo que fez por mim. Espero que possa ser campeão brasileiro neste ano", disse Taison.
Mesmo que seu nome seja expeculado em clubes brasileiros nas janelas de transferência, Taison acha difícil um retorno agora para o Inter ou outro clube do futebol nacional.
"Tenho quatro anos de contrato. É muito difícil sair de lá", afirmou.
Adaptação e apreensão com a política ucraniana
O ex-jogador do Inter se disse preocupado com a situação política da Ucrânia, mas disse que os jogadores brasileiros encontram condições seguiras de trabalho no país.
"Estamos bem. O problema é político e onde envolve política a gente deixa de lado. A gente pensa só em jogar futebol", disse.
Taison destacou a importância de atuar em um clube onde há vários brasileiros. O atual elenco do Shakthar tem 12 atletas que vieram do Brasil que, segundo Taison, estão sempre reunidos nos momentos de folga. Para ele, o mais difícil na adaptação foi o frio e o idioma.
"Faz -15°C, - 17°C. A adaptação é difícil, não só com o frio como com a língua. O idioma russo é muito difícil de aprender, mas já estou há quatro anos lá. Estou bem acostumado", afirmou.
Taison analisa adversário do Brasil na Copa
Atuando ao lado de Dario Srna, capitão do Shakthar, e de Eduardo da Silva, brasileiro naturalizado croata, Taison analisou o futebol dos dois jogadores que serão adversários do Brasil na estreia da Copa do Mundo.
"São dois grandes jogadores. Pode ter certeza que contra o Brasil a seleção da Croácia vai dificultar bastante. O Dario (Srna) é um lateral muito ofensivo e bate muito bem na bola. O Dudu (Eduardo da Silva) jogou no Arsenal-ING por seis anos, não precisa nem falar do Dudu", analisou.
Ouça a entrevista com Taison na íntegra