A reportagem da Rádio Gaúcha fez na manhã desta segunda-feira (03), o trajeto entre Amsterdã e Paris, de avião, a bordo do voo KLM 1233. O objetivo era chegar à capital francesa, para acompanhar a preparação dos Le Bleus para a Copa do Mundo e o amistoso entre França e Holanda, quarta (05), no Stade de France. Mas a viagem serviu também para analisar os aeroportos europeus e a as diferenças que os torcedores do Velho Continente vão notar quando desembarcarem no Brasil. E não serão poucas.
O aeroporto de Schipol, em Amsterdã, é muito grande. Só o acesso D tem 89 portões, em uma lista que vai pelo menos do A até o H. Porém, em um terminal com esse tamanho e portas suficientes para ser um castelo de Hogwarts, a organização é impecável. As filas são mínimas. Tanto o check-in e a emissão do cartão de embarque quanto o despacho de bagagem são feitos pelo próprio passageiro, sem a necessidade de se apresentar para os funcionários da companhia aérea. O leitor ótico identifica o passaporte e a máquina dá instruções claras sobre como etiquetar a mala e introduzí-la em um container, que a levará até a aeronave. O painel possui mais de dez idiomas diferentes, incluindo o português. Se o passageiro tiver alguma dúvida, há vários atendentes para ajudar. Porém, na maioria das vezes não é necessário.
A preocupação com a segurança é rigorosa. Logo após passar pelo detector de metais, este repórter foi abordado por um policial holandês à paisana. De forma educada, ele mostrou o distintivo, pediu o passaporte e fez diversas questões a respeito do motivo da viagem. Ao ficar esclarecido que se tratava de uma cobertura jornalística, a conversa, de no máximo cinco minutos, terminou e o embarque teve prosseguimento.
O voo entre Amsterdã e Paris é muito rápido, dura pouco mais de uma hora. O desembarque no famoso aeroporto francês Charles de Gaulle é uma experiência única para quem está acostumado com os aeroportos brasileiros. O pouso ocorreu às 13h40 (horário europeu), cinco minutos antes do previsto. O trajeto entre a aeronave e a esteira de bagagem durou apenas seis minutos. O que demoraram um pouco mais foram as malas. Um painel eletrônico avisava que ela chegaria às 13h56, mas só apareceu dez minutos após o tempo estimado. Porém, apesar da quantidade imensa de voos que pousaram no mesmo horário, em nenhum momento houve filas ou tumulto nem no desembarque e nem na hora de retirar as bagagens.
Além da organização e do tamanho imenso, o aeroporto de Paris chama atenção também pela preocupação com a segurança. Logo após cruzar a porta de desembarque, o viajante se depara com dois soldados do exército francês armados com uma grande metralhadora. "É normal. Para a segurança de todos e para evitarmos atentados", explica a atendente francesa do guichê de informações do Charles de Gaulle. Apesar de usual, a cena causa uma impressão que destoa da tranquilidade do saguão e das demais salas do terminal.
Além do excelente aeroporto, Paris conta com um ótimo sistema de metrô, que liga praticamente qualquer ponto da cidade. Provavelmente os transportes (aéreos e terrestres) são alguns dos serviços que os europeus mais vão sentir falta durante a Copa do Mundo no Brasil.
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