Um time irregular e de certo modo envelhecido. É assim que o especialista em futebol argentino, Gabriel Dudziak, enxerga a equipe do Newell's Old Boys, próximo adversário do Grêmio na Libertadores, em entrevista exclusiva ao programa Dose Dupla. Repórter da CBN em São Paulo e colunista do site Trivela sobre futebol sul-americano, Dudziak compara as versões do time argentino: a de 2014 e a semifinalista da Libertadores em 2013. "O Grêmio vai enfrentar uma piorada. A do ano passado era muito mais forte, com um técnico consolidado e um centroavante em grande fase (Scocco)", analisou.
Ainda sobre o grupo deste ano, Gabriel Dudziak fala dos principais nomes da equipe, mas sem muita empolgação. "Banega foi a mais badalada contratação da temporada, mas ainda não fez uma grande partida pelo Newell's. O Maxi Rodríguez é o principal jogador da equipe. Já o Trezeguet destoa dos outros. É um jogador lento e não serve para a formação do técnico Alfredo Berti, por isso é reserva regularmente", avalia Dudziak. No entanto, o especialista destaca a identificação do grupo com o clube como grande trunfo. "Outro detalhe improtante é a identificação muito forte de jogadores e técnico com o Newell's Old Boys. Heinze, Maxi e Manso são jogadores formados no clube que resolveram voltar. O próprio técnico Berti, e o antigo Tata Martino (hoje no Barcelona), foram auxiliares de Marcelo Bielsa cujo nome foi dedidado ao estádio do Newell's', lembra.
Grêmio x Newell's Old Boys será uma partida competitiva, mas, apesar de jogar fora, os argentinos não ficarão na defesa de acordo com Gabriel Dudziak. "Acho que o Newell's não vai se fechar, pois não tem competência para isso. Vai deixar a posse com o Grêmio, mas sem retranca. Roubar a bola e sair em velocidade. Isso ficou bem nítido no jogo contra o Nacional do Uruguai na última rodada da Libertadores. As inversões de jogo são muito rápidas e com isso o Grêmio tem que ficar atento", finaliza.
Ouça a entrevista de Gabriel Dudziak ao Dose Dupla