A Brigada Militar instaurou nesta segunda-feira (29) um inquérito policial militar para apurar a ação dos PMs que, no domingo, entraram em confronto com torcedores na Arena. A confusão ocorreu no setor onde fica a Geral do Grêmio, após a retirada de um torcedor que portava uma muleta. Na ação, brigadianos empurraram e puxaram por uma perna o torcedor. O comandante do policiamento da Capital, coronel João Diniz Godoi, criticou a postura dos agentes, mas classificou o fato como isolado.
"A Brigada tem atuado de forma correta em todos os eventos envolvendo torcidas organizadas, na Arena, no Olímpico e no Beira-Rio. O evento de ontem, em especial, foi um fato isolado. Não é usual a atuação da Brigada dessa forma. O inquérito vai avaliar todos os fatos, sejam anteriores, durante e depois do evento", afirma o coronel Godoi.
O inquérito tem prazo de duração de até 60 dias. O episódio também será discutido nesta terça-feira (30) internamente, em reunião no comando da Brigada Militar. No encontro, será debatido se a torcida do Internacional terá ou não acesso à Arena no Gre-Nal do próximo domingo (4). No entanto, segundo o coronel João Diniz Godoi, a confusão deste domingo não terá peso determinante na decisão final.
"Pela repercussão, irá se discutir sobre isso, mas existem outros fatores mais importantes que vão definir a decisão da Brigada Militar", diz o comandante do CPC.
Entre os pontos considerados mais importantes, estão a quantidade de efetivo da Brigada Militar e o esquema de concentração e deslocamento da torcida colorada até a Arena. Representantes dos clubes não irão participar da reunião.