
O Independiente ainda não foi rebaixado, mas a sensação no Estádio Monumental de Núnez depois da derrota para o River Plate por 2 a 1, neste domingo, é de que o clube inevitavelmente irá jogar o campeonato da B Nacional na próxima temporada. Um castigo sem tamanho para o maior campeão da Libertadores da América, com sete conquistas, que nos últimos anos sofreu com más administrações e equipes medíocres, que em nada condiziam com sua história. Para a queda ser consolidada ainda falta uma vitória do Argentinos Juniors sobre o San Lorenzo nesta segunda-feira.
A tragédia estava anunciada desde o início da temporada, dada a baixa média de pontos do Rojo nas três últimas temporadas. Os três piores cairiam, e a equipe de Avellaneda em nenhum momento saiu da zona de rebaixamento ou mostrou força para deixá-la.
Neste domingo o pesadelo começou cedo, logo no primeiro tempo, quando Iturbe completou a jogada iniciada por Funes Mori para marcar o primeiro para o River. O mesmo meia construiu, no começo do segundo tempo, a jogada que resultou no segundo gol. Lanzini, ex-jogador do Fluminense, foi o responsável pelo segundo tento.
O gol de Lanzini fez explodir a fúria irracional dos barras-bravas do Independiente. Um grupo passou a atirar os assentos das arquibancadas em direção ao campo, sem que alcançassem o campo de jogo. Depois arrebentaram o alambrado onde estavam localizados, no setor superior do estádio, e alguns passaram a pular na cobertura que fica sobre a plateia inferior. A tentativa era de paralisar a partida a qualquer custo, o que não foi feito pelo árbitro Saul Laverni.
Os minutos se arrastaram no Monumental. Montenegro. O Independiente ainda descontou em um golaço de fora da área, marcado por Daniel Montenegro, aos 44 minutos. Os 2 a 1 colocaram o River Plate na liderança do Torneio Final com 32 pontos, ao lado do Newell's, que ainda joga nesta segunda-feira contra o já descendido Unión.