Após oito anos dedicados exclusivamente à classe Star, Robert Scheidt voltará às origens. O Campeonato Brasileiro da classe Laser, a ser disputado no próximo fim de semana, em Porto Alegre, marcará o retorno do bicampeão olímpico da divisão. Volta que exigirá, sobretudo, uma readaptação física dura para alguém de 39 anos.
Para competir ao lado de Bruno Prada na Star, Scheidt precisou ganhar peso. Com a saída da classe do programa dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o velejador viu-se obrigado a retornar a sua divisão e, consequentemente, recondicionar-se ao biótipo exigido para os atletas da Laser.
O processo já teve início. Desde que conquistou a sua quinta medalha olímpica, em Londres, Scheidt "livrou-se" de 1,5kg. Com acompanhamento de profissionais do Comitê Olímpico Brasileiro, também tem feito trabalhos a fim de prevenir lesões e obter ganhos na parte aeróbica, mais exigida no barco da Laser.
- Há uma sobrecarga muito maior na coluna e nos joelhos na classe Laser em relação ao que havia na Star. Principalmente por conta das manobras que precisam de rapidez e explosão - afirmou Scheidt.
A competição no Sul do país servirá como parâmetro. Scheidt disse que pretende primeiramente saber como está em relação aos adversários. Ainda em fevereiro, deverá disputar também a Semana Olímpica brasileira, que definirá a Seleção para o primeiro ano deste ciclo.
Após os dois testes, novamente o foco do velejador será voltado ao condicionamento. A intenção é evitar que problemas físicos comprometam sua participação no Mundial de Laser, que será disputado apenas no mês de novembro, em Omã.
- A minha maior preocupação nesta campanha olímpica na Laser é ter de ficar um tempo afastado por causa de lesões. Principalmente pela minha idade avançada, eu corro um maior risco. Tenho alguns problemas, mas que estão controlados - ponderou o velejador.
Experiente
Robert Scheidt lapida o físico para voltar à classe Laser, após oito anos na Star
Velejador disputará neste fim de semana o Campeonato Brasileira da divisão
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