A Grécia chegou até a sonhar durante seis minutos em Gdansk, nesta sexta-feira, quando alcançou o empate, mas a Alemanha foi totalmente absoluta. Mesmo com a equipe modificada, venceu bem os rivais por 4 a 2, garantiu-se na semifinal da Eurocopa, e tornou-se mais favorita do que nunca para a conquista de seu quarto título continental.
E para chegar na decisão, terá que passar da Inglaterra ou da Itália, que jogam neste domingo em Kiev, na Ucrânia. Do outro lado da chave, Portugal já está na semifinal, e enfrenta o vencedor de Espanha e França, que duelam neste sábado, em Donetsk.
O jogo
Antes da partida, o técnico Joachim Löw surpreendeu a todos. Resolveu trocar todo o trio ofensivo alemão, tirou Müller, Podolski e Gómez, e colocou Schürrle, Reus e Klose. As mudanças ficaram claras nos primeiros minutos, a equipe germânica tinha mais a bola, os volantes Khedira e Schweinsteiger, como sempre, subiam bastante, mas as jogadas com as novidades demoraram a encaixar.
Até saiu um gol bem anulado de Schürrle, após chute de Khedira. Depois disso, a Grécia até conseguiu respirar um pouco. Mas Reus começou a crescer no jogo, tornou-se a principal arma ofensiva. A melhor chance saiu após jogada sua, passe para Klose, que deixou Özil na cara do gol. Mas o apoiador chutou em cima de Sifakis. Nos quatro minutos seguintes ele teria outras três grandes oportunidades.
Enquanto isso a Grécia... Pouco acontecia em seu campo de ataque. Jogadas esporádicas, sem perigo. Geralmente com Samaras, pelo lado esquerdo, mas raramente tinha alguém para fazer companhia, nem mesmo Salpingides e Katsouranis, outros responsáveis por levar a bola para a frente.
Então a pressão alemã deu certo. Se não saía pela direita, foi pela esquerda, e veio nos pés de seu capitão. Jogando de lateral-esquerdo, como tradicionalmente faz na seleção, atacou cortando para dentro, e acertou lindo chute. Com alguma colaboração de Sifakis, abriu o placar. Um prêmio para a equipe que mais procurou o ataque, e vinha apresentando um verdadeiro futebol de campeão. E sem Müller, Podolski e Gómez.
Segundo tempo
A etapa final parecia que ia ser uma mera continuação do primeiro tempo. A Alemanha era absoluta, atacava quando queria e sem tantas dificuldades, mas mesmo perdendo, a Grécia mantinha a pegada defensiva e buscava contra-ataques. Logo aos nove minutos deu certo. Lançamento para Salpingides no lado direito, ele ganhou de Lahm e jogou na área. Samaras foi oportunista e colocou para dentro.
Mas o sonho grego durou pouco. Apenas seis minutos. A Alemanha voltou a atacar, foi para cima, e o gol saiu. E cheio de estilo. Boateng aventurou-se no ataque, cruzou na área, e Khedira acertou um chute incrível, sem qualquer chance para Sifakis.
E mais um pouco depois, piorou a situação. Escanteio para os germânicos, Klose subiu mais que Papadopoulos e acertou de cabeça de forma certeira.
Então a Grécia parou, e a pressão adversária veio com outro gol, novamente com estilo. Klose ficou sozinho e chutou em cima do goleiro, Reus, que brilhou no jogo, foi premiado com o rebote e chutou forte para garantir os germânicos na próxima fase da competição. Salpingides ainda descontou nos últimos minutos em cobrança de pênalti, após mão de Boateng.
Absoluta
Alemanha joga como campeã e vence a Grécia nas quartas de final
Seleção goleia por 4 a 2 e garante vaga na semifinal da Eurocopa
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