Em entrevista ao programa Bate-Bola, da TVCOM, o diretor técnico do Inter, Fernandão, admitiu que os escanteios cobrados com o auxílio dos gandulas já perderam o efeito-surpresa e, aos poucos, deve ser deixado de lado pelo Inter. Segundo ele, os técnicos adversários têm conhecimento da estratégia e estão buscando formas de combatê-la, mantendo um jogador próximo à bola ou "marcando o gandula".
- Se o Inter tivesse batido rapidamente o escanteio, certamente não teríamos feito o segundo gol. Não daria tempo para o Fabrício chegar na área - afirmou o ídolo colorado.
A jogada do escanteio com o apoio do gandula foi adotada por Dorival Júnior após a partida contra o Onze Caldas, em Manizales, na Colômbia, pela pré-Libertadores. Ao quase sofrer um gol com a tática, o Inter entendeu que poderia reproduzi-la no Brasil a seu favor. Alguns jogadores já admitiram que chegaram a fazer treinamento com os gandulas do Beira-Rio. No domingo, durante a confusão envolvendo o funcionário do Inter responsável por repor a bola e o técnico gremista, Vanderlei Luxemburgo, Tinga, capitão colorado, chegou a declarar.
- Fomos defender o gandula, que faz parte do nosso grupo.
No domingo, o Botafogo contou com a ajuda de uma bandeirinha no primeiro gol contra o Vasco na decisão da Taça Rio, que deu ao time de General Severiano a possibilidade de disputar a final do Campeonato Carioca com o Fluminense a partir de domingo. A gandula devolveu rapidamente a bola para Maicossuel em um lateral, que gerou o gol de Loco Abreu.