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Um pedido de habeas corpus impetrado pelos advogados do ex-goleiro do Flamengo, Bruno, foi negado pelo vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, o ministro Ayres Brito. A decisão foi tomada no último dia 29 de dezembro, mas divulgada apenas na última quinta-feira.
Bruno é acusado, com outros sete corréus, por homicídio qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação do cadáver de sua amante Eliza Samúdio, em 2010. Em sua decisão, Britto manteve o entendimento do ministro Sebastião Reis Júnior, também do STF, relator do recurso do goleiro ao tribunal. Para ambos, o ex-atleta representa perigo e deveria continuar preso, além de ter cometido um crime que ultrapassava os limites da crueldade. Atualmente outro habeas corpus, impetrado pela defesa constituída do goleiro, ainda aguarda apreciação.
Segundo a denúncia do atleta efetivada pelo Ministério Público, Eliza teria sido mantida em cárcere privado do dia 4 até o dia 10 de junho no sítio do atleta, em Esmeraldas (MG), quando teria sido morta por um ex-policial civil, Marcos Aparecido dos Santos, apontado como o real executor do homicídio. Eliza teria sido morta porque pedia a Bruno, pai de seu bebê, que reconhecesse a paternidade da criança. Bruno, insatisfeito, teria sido o mandante do crime. O corpo de Eliza nunca foi encontrado.