A diretoria da Chapecoense se reuniu na tarde desta sexta-feira e começou a checagem de e-mails do clube para verificar se encontra algum comunicado da Conmebol sobre a suspensão de três jogos ao zagueiros Luiz Otávio. As entrevistas sobre o assunto foram centralizadas no presidente, Plínio David de Nes Filho. Mesmo assim, ele se reserva em falar apenas sobre a coleta de informações por parte do clube.
- Só vou me pronunciar quando tiver todas as informações, provavelmente amanhã (sábado) iremos nos manifestar sobre o assunto - afirmou, na tarde desta sexta-feira.
O clube alega ter recebido a informação informalmente minutos antes do jogo contra o Lanús, na quarta-feira, na Argentina. A Chapecoense venceu por 2 a 1 mas o time argentino já entrou com pedido na Conmebol pela reversão dos pontos. A entidade deu prazo até segunda-feira para que a Chape se defenda.
Nada na caixa de entrada
As duas entidades que ligam a Chapecoense à Conmebol, a CBF e a FCF, informaram que repassaram email ao clube, referente à suspensão. De acordo com a Confederação Brasileira de Futebol e a Federação Catarinense de Futebol, o comunicado foi repassado à Chape no dia 10 deste mês - mesmo dia do segundo jogo da Recopa Sul-Americana, ante o Atlético Nacional, em Medellín.
O e-mail constando o informe partiu da Conmebol para a CBF. A confederação nacional o encaminhou para o clube e também à federação do estado.
– A CBF foi comunicada sobre a situação do jogador e, em atitude protocolar, encaminhou as informações à Federação Catarinense de Futebol (FCF), no dia 10 de maio - informou a assessoria de imprensa da CBF.
Fábio Nogueira, diretor de competições da Federação Catarinense de Futebol, afirmou também ter recebimento o e-mail - o mesmo endereçado à Chapecoense. A praxe de Nogueira é encaminhar a mensagem para o clube, ainda que tenha ciência que já tenha sido enviado pela CBF. O que fez no mesmo dia.
O documento enviado pela internet estava a determinação da pena imposta pelo Tribunal de Disciplina da Conmebol a Luiz Otávio. O zagueiro havia sido suspenso por três jogos pela expulsão diante do Nacional do Uruguai, no dia 27 de abril. Rossi também foi expulso mas pegou apenas um jogo de gancho
Por sinal, na mesma data do e-mail com as punições, os dois atletas não entraram em campo ante o Atlético Nacional, para que cumprissem as respectivas suspensões automáticas.
Na quinta-feira o vice-presidente jurídico da Chapecoense, Luiz Antônio Palaoro, disse que o clube não tinha recebido nenhuma mensagem, nem no dia 10, nem depois, até mesmo a segunda mensagem, encaminhada pela FCF.
– Nós tínhamos encaminhado a defesa dos jogadores no dia 5 de maio e depois não recebemos mais nenhuma informação. Por e-mail não conseguimos identificar nada. Vamos checar se é verdade a informação, pois o que sabemos até agora é que houve apenas um comunicado informal, dois minutos antes do jogo contra o Lanús – afirmou Palaoro.