
Um título é conquistado por um elenco. Um grupo de jogadores que supera os adversários. Nessa caminhada até o título gaúcho do Inter, Roger Machado usou quase todo o seu grupo. Todos tiveram a sua contribuição. Alguns se destacaram um pouco mais.
Casos do volante Fernando, do meia Alan Patrick e do atacante Vitinho. O primeiro defendeu e atacou na medida certa. O segundo distribuiu passes milimétricos. E o terceiro foi decisivo na reta final.
ZH mostra a importância desses três personagens marcantes do título gaúcho do Inter conquistado neste domingo (16).
Fernando

Bem que no item "profissão" da carteira de trabalho de Fernando poderia constar "dono do meio-campo". Durante o Gauchão, ele aliou a experiência dos seus 37 anos de vida com a sua qualidade técnica para ser uma das referências do time de Roger Machado.
Quem procurar Fernando nas estatísticas sintetizadoras de uma partida não vai encontrar o nome dele com constância. Na campanha do título estadual, não concedeu assistência e marcou um gol, no 1 a 1 com o Grêmio, no clássico da primeira fase.
É preciso ter um olhar além dos números para encontrar o peso de Fernando. No jogo de ida da final, por exemplo, o passe para o gol de Alan Patrick não foi dele. Mas a bola que clareia o lance e deixa o time em posição para levar perigo à defesa adversária, sim.
São vários lances deste tipo. Ele é como uma vassoura. Volante de passe vertical, sempre vê uma possibilidade capaz de limpar a jogada e levar o time ao ataque. Sem a bola, também é adepto da limpeza. Apelidado de polvo, estica seus tentáculos para roubar a bola dos adversário, para antecipar jogadas e fechar espaços.
Eficiente nas fases defensivas e ofensivas, Fernando se tornou peça-chave na conquista colorada.
Alan Patrick

Os olhos de Alan Patrick podem, no futuro, ser doados para a ciência. Somente ela para explicar como o camisa 10 do Inter encontra espaço onde outros enxergam o caminho obstruído. Além de ver o invisível, ele também encontra um modo de levar a bola até lá.
Alan Patrick é old school, o meia clássico. Resolve problemas sozinhos e em conjunto. Foi figura central no time colorado durante o Gauchão, esteve envolvido em gols em quase todas as partidas em que esteve em campo.
Foram três gols e três assistências em oito partidas. Gols de pênalti e de dentro da área. Desempenho especial em Gre-Nais.
Na fase de classificação, cobrou escanteio e encontrou a Fernando para empatar o Gre-Nal em 1 a 1. No primeiro jogo da final, deixou o seu após cruzamento da esquerda para fazer o 2 a 0.
Depois de tudo isso, nada mais justo do que ser o responsável por erguer a taça de campeão.
Vitinho

Ele chegou sem alarde, sem pompa, mas com circunstância. O Inter, mais uma vez, aproveitou a brecha criada pela Fifa para contratar jogadores de clubes da Rússia e da Ucrânia. Vinculado ao Dynamo Kiev, chegou ao Beira-Rio após passagem pelo Bragantino.
Vitinho iniciou o ano devagar. Depois, foi decisivo na reta final do Gauchão. Dos cinco gols do Inter na semifinal contra o Caxias, três saíram dos seus pés, entre eles os dois da vitória por 2 a 0 no jogo de ida.
Tem contrato até a metade do ano, mas já deixou claro o desejo de seguir no Inter.
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