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O Inter está muito próximo de voltar a uma decisão de Gauchão na disputa contra o Caxias, a partir das 21h30min deste sábado (1º). No Beira-Rio, recebe o time da Serra podendo até perder por um gol de diferença que estará classificado à final do Estadual após três anos de ausência. O Carnaval será mais uma etapa na busca pela retomada dos troféus, algo que não vem desde 2016.
Três anos sem nem sequer ir à decisão é algo inédito na história do clube desde que o Gauchão deixou de ser um torneio regionalizado e passou a ser uma disputa de todo o Rio Grande do Sul, em 1961. Para não deixar que suba para quatro, os colorados se concentram, se preparam e se blindam. Há expectativa, mas, ao mesmo tempo, otimismo. O 2 a 0 da partida de ida, no Centenário, aumenta a confiança para espantar os traumas das semifinais recentes.
A concentração está em não deixar subir para a cabeça a vantagem construída na Serra. Desde o apito final de sábado passado, o discurso colorado é de seriedade para a partida da volta.
— O duelo é em duas etapas. Embora tenhamos conseguido um resultado importante, de forma alguma podemos desmerecer a qualidade do adversário — disse Roger, ainda no gramado do Centenário.
Essa ideia vem sendo martelada na cabeça dos jogadores. Ao longo da semana, Roger repetiu o assunto, a comissão técnica insistiu. E, da porta para fora do vestiário, publicamente todo mundo fala igual. O goleiro Anthoni, que concedeu entrevista coletiva, frisou:
— Construímos uma vantagem importante, mas pode ser enganosa. Se não entrarmos com seriedade, respeitando o adversário, poderemos ser surpreendidos. Ficamos felizes pelo que construímos mas temos ajustes. A parte mental está muito clara, temos de ter seriedade, até pelo contexto histórico, das últimas eliminações. O grupo tem ciência da importância do jogo e todos estão fechados para dar a resposta necessária.
Para mudar a história
Alguns desses jogadores estavam em campo nas duas eliminações recentes em semifinais. O mais traumatizado é Vitão, que foi titular nos jogos contra Caxias em 2023 e Juventude em 2024. O time ainda tinha Alan Patrick, que deve ficar de fora da partida deste sábado. E Lucca, reserva em 2023, titular no ano passado, porque Valencia voltava de lesão. O histórico negativo pesa nessa hora.
Por isso, a vantagem pesa tanto. Se repetir o que vem fazendo neste Gauchão, o Inter só deixará de avançar caso leve pelo menos três gols, já que marcou em todas as partidas do Estadual de 2025. Ninguém superou o goleiro colorado mais do que uma vez até agora.
Pontuar é importante
Mas há um ponto importante. Dependendo do que ocorrer na outra semifinal, está sob risco a finalíssima no Beira-Rio. Caso o Grêmio vença o Juventude, às 16h30min, o Inter terá de ao menos empatar com o Caxias para garantir o jogo da volta em casa.
E isso tem um peso. Desde a inauguração do Beira-Rio, em 1969, o Inter foi campeão 21 vezes em casa (sem contar 2014, que, por mais que tenha sido mandante, sediou a decisão no Centenário). Perdeu só três vezes a partida final diante de sua torcida. O Beira-Rio é um aliado importante. Ainda mais que terá 35 mil aliados nas arquibancadas, todos sedentos pela volta das conquistas.
O caminho da final está pavimentado. Resta apenas percorrê-lo.
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