O torcedor colorado pode contar com uma novidade no jogo inaugural da temporada de 2025. Para a partida contra o México, em um amistoso para o lançamento do uniforme do ano, quem esteve no Beira-Rio pode assistir à partida bebendo cerveja. Excepcionalmente para o evento festivo, a comercialização de cerveja nas áreas internas do Beira-Rio foi liberada.
Uma hora antes da partida começar, no entanto, o movimento nos bares do anel superior do estádio colorado ainda era tímido. Alguns torcedores, inclusive, não sabiam da possibilidade de comprar cerveja no interior do Beira-Rio. Ainda assim, quem comprava saudava a iniciativa da direção. Advogado de 76 anos, Vilson Farias se mostrou favorável à venda da bebida alcoólica.
— A verdade é que as pessoas já bebem fora do estádio em tudo que é lugar. Quem tiver e quiser beber, vai tomar uma cerveja antes. A venda é autorizada em tudo que é lugar. Já fui em jogos no Brasil e fora e vendem. Tem que terminar com essa proibição. Falo como torcedor e como advogado — frisou.
Marcos Vinicius Segheto, 41 anos, natural de Erechim, veio pela primeira vez ao Beira-Rio e saudou a iniciativa, mas fez uma ressalva:
— É uma ótima para quem sabe beber. O problema é quem exagera, acaba virando baderna. Dá ânimo vir e poder tomar. Entramos mais cedo para conhecer o estádio e já pegamos uma cervejinha.
Apesar da aceitação de parte da torcida, nem todo mundo aprovou a iniciativa de vender bebida dentro do estádio. A alegação principal é justamente as confusões entre torcedores que o álcool pode provocar.
— Não tem que vender. Muitos não têm equilíbrio para beber. Se todos bebessem com responsabilidade, poderia. As crianças estão no ambiente. A gente traz nossos filhos com frequência no estádio e não queremos briga e baderna — afirmou a torcedora Tassia Lauxen, 33 anos.
Segundo o clube, a decisão foi tomada para incentivar os torcedores a acessarem o estádio mais cedo, "evitando aglomerações nas ruas, ajudando a melhorar o fluxo de trânsito nas imediações". No entanto, os torcedores não acreditam que isso influencie na entrada prévia no estádio.
— Eu acho que não tem que vender. Pode dar confusão, briga. Acho que não influencia na questão da entrada mais cedo dos torcedores — opinou Marcos Severo, de 53 anos.
Desde 2008, uma lei estadual proíbe tanto a venda quanto o consumo de álcool nos estádios e ginásios do Rio Grande do Sul, mas veda apenas partidas por competições oficiais, como Gauchão e Brasileirão, por exemplo.
Como o duelo desta quinta-feira (16) tem caráter amistoso, não haveria impeditivo, conforme o entendimento do clube. A decisão, no entanto, é válida apenas para esse jogo. Desta forma, a não ser que haja uma mudança na legislação, a comercialização não será permitida na estreia colorada pelo Gauchão em casa, contra o Juventude, no dia 25 de janeiro.
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