O Inter aplicou no Santos a maior goleada do Campeonato Brasileiro de 2023. No 7 a 1 sobre o Peixe, a eficiência foi a marca em um jogo no qual a equipe não elevou seu poder criativo em relação à sua média. Pelo contrário, a partida deste domingo (22) foi a segunda que o Colorado menos finalizou no Beira-Rio sob o comando de Eduardo Coudet.
Com os retornos dos jogadores que estavam com as seleções na data Fifa e Renê após o cumprimento de suspensão diante do Bahia, Coudet pôde escalar contra o Santos o seu time ideal. No lado paulista, o técnico Marcelo Fernandes manteve a ideia de uma defesa com cinco homens contando com o lateral Dodô como um dos zagueiros.
Montado no habitual 4-1-3-2, o Inter repetiu o volume ofensivo dos jogos recentes no Beira-Rio. Os números mostram como a diferença na tarde deste domingo esteve na efetividade. Para chegar aos sete gols, o Inter finalizou 13 vezes diante do Santos. Dessas, sete foram no gol. O aproveitamento não foi de 100% porque Vladimir fez uma defesa. A conta se explica porque o primeiro gol colorado não saiu de uma finalização e sim de um cruzamento de Wanderson que o ala Kavyson mandou contra a própria goleira.
— Sinto que o mais importante é como vem jogando o time. Esse resultado e no Gre-Nal, o time mostrou um desempenho bom. O futebol é assim, quando a bola não quer entrar, todos falam que tem que dar treino de finalizações. Sempre é o contexto de uma preparação, tem trabalho de finalização e defensivo, tudo para melhorar o time. Hoje tivemos efetividade, controlamos bem os tempos do jogo. Mas nunca estamos contentes. Eu conversava com o presidente e o primeiro que falou foi: "pqp", como não entrou no outro dia? É assim. Não sabemos desfrutar. Quem sabe eu sou muito sincero, mas é a verdade. O time vem jogando bem — analisou Coudet após o jogo.
De fato, a efetividade foi a diferença para o Inter construiu o placar. A partida contra o Santos foi a décima no Beira-Rio desde a chegada de Eduardo Coudet. Em oito delas o Colorado finalizou mais que na partida deste domingo. Apenas contra o River Plate, quando teve 12 chutes, o time finalizou menos que as 13 contra o Peixe. Curiosamente, o jogo com mais finalizações foi na derrota para o Fortaleza, quando teve 19 arremates e não conseguiu balançar as redes nenhuma vez.
Acertos no alvo
No Gre-Nal citado por Coudet, por exemplo, o Inter finalizou 16 vezes e teve os mesmos sete no alvo deste domingo. Contra Grêmio e Santos foram as partidas nas quais o Inter mais acertou o alvo. Ou seja, diante do Peixe o Inter teve o melhor percentual de tentativas por chutes na meta - 53,% dos chutes foram no alvo.
interDos sete gols marcados contra o Santos, quatro deles foram em jogadas de transição. Os outros três partiram de lances construídos com a equipe em organização ofensiva.
Finalizações do Inter com Coudet no Beira-Rio
Santos
- 13 (7 no gol)
Grêmio
- 16 (7 no gol)
Fluminense
- 17 (4 no gol)
Atlético-MG
- 15 (4 no gol)
São Paulo
- 15 (5 no gol)
Bolívar
- 16 (5 no gol)
Fortaleza
- 19 (5 no gol)
Corinthians
- 15 (4 no gol)
River
- 12 (3 no gol)
Cuiabá
- 17 (4 no gol)
Fonte: Sofascore
Como foram construídos os gols contra o Santos
- 1º gol (Kevyson contra): organização ofensiva
- 2º gol (Alan Patrick): transição
- 3º gol (Valencia): organização ofensiva
- 4º gol (Wanderson): organização ofensiva
- 5º (Bustos): transição
- 6º (Valencia): transição
- 7º (Luiz Adriano): transição