O vice de futebol do Inter, Felipe Becker, avaliou como natural a pressão que a torcida tem feito neste início de temporada tanto com as vaias no empate com o Juventude, no sábado, quanto na cobrança por reforços. Em entrevista ao programa Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha, o dirigente, no entanto, reiterou que a diretoria não sairá do seu planejamento e seguirá a busca por contratações tentando reduzir a margem de erro, mesmo que isso signifique uma demora para novos anúncios.
— As vaias não foram pelo jogo. Elas são por uma série de coisas que aconteceram. O torcedor tem o direito de vaiar, não pode agredir, mas vaiar pode. O bom é vaiar depois do jogo, é melhor que seja depois se achar a atuação ruim. Mas não achei a nossa atuação ruim. Tinha do outro lado um adversário, um treinador bom. O Juventude vai tirar pontos de muita gente. É um candidato a chegar na frente junto com outros clubes grandes como nós —declarou.
— Campeonato se ganha diariamente, trabalhando bastante. A pressão não pode entrar. Temos processos e vamos segui-los. O torcedor tem razão, ele é passional, mas isso não pode atingir a direção. Se atingir, vamos cometer erros. O trabalho tem planejamento, teve início no ano passado e temos jogadores chegando. Estamos em um momento diferente. Reformulamos o elenco no ano passado, trouxemos o Mário Fernandes e o John, o Baralhas está em Porto Alegre fazendo essa parte burocrática. São jogadores que nos ajudarão e devemos ter calma para essa pressão não entrar no vestiário — completou.
Sobre a busca do Inter no mercado, Felipe Becker evitou falar detalhadamente sobre grandes nomes, casos do atacante colombiano Rafael Santos Borré e do meia argentino Ángel Di María, mas garantiu que o clube tem passado das observações para fazer contatos com staffs dos jogadores bem avaliados.
— A gente está no mercado. Sem ansiedade, com tranquilidade. Se formos falar sobre todas as especulações, não iremos parar de responder vocês. O Inter está esperando a janela encerrar, mas uma movimentação agora pode acontecer. Pode acontecer agora ou depois (do dia 31 de janeiro, quando fecha a janela europeia). O Borré é mais uma especulação de mercado. Todos os grandes jogadores interessam ao Inter. Ficar falando sobre especulação, eu não posso — disse.
— O Inter tem contato com vários jogadores. Não estamos apenas monitorando, mas conversando. Primeiro contato, aproximação, mas nada que esteja para chegar. O mercado é complicado, tem muito clube buscando jogadores. Devemos ter cautela, habilidade e criatividade. E isso estamos tendo — garantiu.