O volante Edenilson se manifestou no Instagram logo após Instituto-Geral de Perícias (IGP-RS) afirmar em laudo que não foi possível identificar as palavras ditas a ele por Rafael Ramos, do Corinthians. O jogador colorado acusa o corintiano de tê-lo chamado de macaco na partida do Inter com a equipe paulista, pela sexta rodada do Brasileirão.
"Não iriam nos calar? Já nos calaram. Se ofendidos, aceitem, engulam a seco. Finjam que não escutaram. É uma luta desleal. É uma luta inconclusiva", escreveu Edenilson.
Conforme o documento enviado pelo IGP-RS nesta quarta-feira (8), "eventual tentativa de saber o que teria sido proferido por Rafael Ramos seria muito mais uma conjectura do que realmente uma evidência".
A partir da notícia, Edenilson alterou o nome de seu perfil no Instagram para "Macaco Edenilson Andrade do Santos" e apagou todas as fotos. A manifestação foi feita através de um storie.
O inquérito policial está sob o comando da delegada Ana Luiza Caruso, responsável pela 2ª Delegacia de Polícia Civil de Porto Alegre. Ela irá encaminhar o laudo do IGP ao Ministério Público sem nenhum pedido de indiciamento do jogador do Corinthians.
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As primeiras provas do inquérito foram colhidas ainda na noite de 14 de maio, quando Inter e Corinthians se enfrentaram pelo Brasileirão.
No Beira-Rio, o delegado plantonista Carlo Butarelli ouviu os dois jogadores e decretou a prisão em flagrante de Ramos por injúria racial. O jogador foi liberado após o Corinthians pagar uma fiança no valor de R$ 10 mil.
— Vamos juntar a perícia contratada pelo Edenilson e pelo Rafael Ramos, e aí tem a questão da palavra da vítima, ver o que tem de prova, que não seja suposição. Em princípio não vai ter indiciamento — disse a delegada ao ge.globo.
Em nota, o Inter diz que segue acompanhando o caso envolvendo Edenilson e dando o suporte necessário ao atleta:
"O processo segue seu andamento normal na justiça criminal e desportiva. O Clube aguarda desdobramentos".