Vai começar a era dos pontas no Beira-Rio. Com as chegadas de Wanderson e Carlos de Pena, o técnico do Inter, Alexander Medina, enfim terá à disposição, na Copa Sul-Americana e no Brasileirão, os atletas de beirada que tanto pediu à direção. Em entrevista exclusiva a GZH, em Manta, no Equador, o treinador disse que gosta de jogar com pontas intensos, rápidos e verticais e explicou a importância desses atletas para o seu modelo de jogo:
— Nós sempre trabalhamos com extremas rápidos e intensos, que deem profundidade e amplitude. O Inter tinha um modelo diferente, por isso tinha jogadores diferentes, mais internos. O plantel estava montado para ter mais interiores do que extremas. Por isso, trouxemos Wanderson, David, e há outras situações que podem ocorrer. E a partir do que temos, vamos adaptando às características dos jogadores. Vamos dando ferramentas aos atletas para que eles sejam mais verticais na hora de atacar e que eles ataquem os espaços. Isso se faz com treinamentos e partidas. Estamos buscando que outros no grupo possam fazer isso também.
Na estreia colorada na Copa Sul-Americana nesta quarta (6), contra o 9 de Octubre, Medina já terá o uruguaio Carlos de Pena à disposição no banco. Wanderson ainda estará fora por conta de um edema muscular. Para Medina, os dois atletas têm características diferentes, mas são bons exemplos de pontas ideais para o seu modelo de jogo.
— São dois jogadores dinâmicos, verticais e que atacam os espaços. O Wanderson tem mais vantagem no um contra um, já o Carlos tem ida e volta. O Carlos joga pela esquerda, o Wanderson pela direita. Eles proporcionam diferentes características ao grupo, como a profundidade, o cruzamento e presença na área. Isso vai nos dar mais opções na hora de atacar — completou.
Por fim, Medina abriu a possibilidade de escalar Wanderson, Taison e Carlos de Pena juntos, desde que todos se comprometam com a marcação.
— Vai depender de como vamos juntar as peças e de termos equilíbrio. Temos que atacar marcando, o que é uma questão fundamental no futebol brasileiro, onde há muitas transições. Precisamos ter jogadores marcando mesmo com a posse da bola. E temos que recuperar a bola pós-perda. Assim, se pode fazer um time equilibrado tanto no ataque quanto na defesa — finalizou Medina.
Ainda sem todos os pontas disponíveis, o Inter estreia na Copa Sul-Americana nesta quarta (6), às 21h30min (horário de Brasília), no Estádio Jocay, em Manta.