Quando D'Alessandro fala, sempre sai algo que vale ouvir. E, nesta sexta-feira, o ídolo colorado fez isso no Grupo RBS. Ao longo da tarde, participou do Sala de Redação, depois gravou o Paredão do Guerrinha e ainda concedeu entrevistas e tirou fotos com colorados e gremistas que trabalham na empresa (sim, há colorados, gremistas, torcedores de outros clubes e até quem não gosta de futebol trabalhando no prédio). Assuntos não faltaram: aposentadoria, nova rotina, o que fará no futuro, momento do Inter, percepções sobre futebol, Porto Alegre, família, entre outros.
No Sala de Redação, D'Alessandro falou sobre a nova realidade, sem os compromissos com o clube e com o futebol profissional:
— Está diferente, difícil. O atleta de futebol sabe que a gente se prepara muito para chegar aqui, requer muito esforço, também da família. E tento ocupar o tempo fazendo algumas coisas que não podia antes, como outros esportes (tênis). Vou me preparar fazendo curso de gestão, já tinha feito de técnico na Associação Argentina de Futebol (AFA).
A íntegra da participação no Sala está disponível no canal do YouTube de GZH. Logo depois, D'Alessandro foi gravar o Paredão do Guerrinha. Sempre espirituoso, o comentarista Adroaldo Guerra Filho brincou:
— Tu acordavas cedo para fugir do trânsito, tomavas café no Beira-Rio e treinava. E agora? Acorda e toma café no supermercado? Faz exercício em casa?
Aos risos, D'Ale respondeu:
— Levanto de manhã e faço ginástica, mas chega a uma certa idade que temos de nos mexer para evitar lesões, problemas no corpo. Tenho uma estruturinha legal de academia em casa, minha esposa aproveita junto. Então acordo, vejo o jornal e treino um pouquinho.
Os dois conversaram também sobre as brigas com adversários e árbitros, a relação com os treinadores e com o clube. Falaram de futebol, a posição de armador. D'Alessandro revelou quais foram os melhores times em que atuou. Para saber, basta ouvir o Paredão do Guerrinha, a partir das 20h10min deste sábado na Rádio Gaúcha.
Depois deste papo, D'Alessandro ainda atendeu a reportagem de GZH para falar de outros temas. Um deles foi a evolução de Porto Alegre desde sua chegada, em 2008, para os dias atuais. Mediu bem as palavras e respondeu.
— Vou evitar entrar em política. Mas como cidadão de Porto Alegre, vi muitas mudanças. Jogador de futebol vive em uma realidade paralela com a maioria da população. Tenho cuidado de falar sobre isso porque sei que tem problemas sociais e econômicos, como na Argentina também. Mas vi a cidade melhor, a orla, por exemplo, que é uma coisa mínima. Mas não quero entrar em temas mais profundos porque não é meu foco.