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Nesta temporada, o Inter teve a sorte e a felicidade de contar com centroavantes afiados. Desde a lesão de Paolo Guerrero, Thiago Galhardo foi efetivado na função e se tornou o goleador do Brasileirão, com 16 gols. Porém, em 2021, quando o camisa 17 foi afastado por suspensão e uma lesão na panturrilha, foi a vez de Yuri Alberto assumir este papel. Em quatro partidas como titular, o garoto balançou as redes cinco vezes. E agora?
Com a recuperação médica de Galhardo, o técnico Abel Braga terá de optar por um ou outro, já que o modelo tático adotado pelo comandante colorado (4-1-4-1) só suporta um homem de referência na frente. Em 15 jogos, os dois chegaram a jogar juntos. Porém, para que isso aconteça, seria necessário improvisar alguém em uma nova função ou modificar o sistema que vem ajudando a trazer as últimas vitórias.
Por outro lado, alguém teria de deixar a equipe: Caio Vidal ou Praxedes. Vale a pena mexer no que está dando certo? Relembre como foram as outras vezes em que os dois dividiram os gramados.

Improvisação
Antes de desembarcar no Beira-Rio, Galhardo construiu a sua carreira atuando como um meia-atacante que jogava atrás do centroavante. Esta função, no entanto, não existe na atual formatação da equipe colorada. Assim, a improvisação feita com maior frequência foi o deslocamento de Yuri Alberto para os lados do campo.
Desta forma, eles nunca iniciaram uma partida juntos. Diante do Atlético-MG, Yuri Alberto começou como titular, aberto pela esquerda, e Thiago Galhardo entrou na segunda etapa, no lugar de Leandro Fernández.
Em outras três partidas (contra América-MG, Fluminense e Palmeiras), o camisa 11 também ocupou o lado esquerdo do campo, mas ingressando após o intervalo. Contra Boca Juniors e Bahia, foi a vez de entrar na vaga de Caio Vidal, pelo lado direito. Portanto, esta seria a alternativa mais viável, mas que afastaria Yuri Alberto da área, incumbindo-o também de funções defensivas, como acompanhar o lateral adversário e fechar a linha de meio-campo.
Outros sistemas táticos
Nos tempos de Eduardo Coudet, o encaixe de ambos se tornaria mais fácil, já que o treinador argentino utilizava dois atacantes de área. Isso, inclusive, ocorreu em quatro jogos — Sport e Vasco, pelo Brasileirão, Universidad Católica, na Libertadores, e Atlético-GO, na Copa do Brasil. Depois, a situação se repetiu nos dois primeiros jogos com Abel Braga (contra América-MG e Santos).
Entretanto, foi em outras formatações táticas que Thiago Galhardo e Yuri Alberto começaram jogando juntos. Contra Atlético-GO, pelo Brasileirão, e Boca Juniors, pela Libertadores, o sistema adotado pelo auxiliar Leomir Souza (Abel estava afastado por covid-19) teve um meio-campo em losango, com D'Alessandro na função de meia centralizado à frente de três volantes. Diante do Botafogo, a opção foi por duas linhas de quatro, com os atacantes se revezando na referência ofensiva.
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