O Inter será obrigado a vencer o Tolima no Beira-Rio na próxima quarta-feira (26) para conseguir no tempo normal a classificação para a fase de grupos da Libertadores. Na noite desta quarta-feira (19), o time de Eduardo Coudet teve uma atuação burocrática e ficou no 0 a 0 com os colombianos em Ibagué.
Como ocorreu em todos os jogos da temporada, o Inter teve maior posse de bola (terminou com 61%), mas repetiu o que havia ocorrido diante da Universidad de Chile, em Santiago, quando foi pouco criativo. Das 10 finalizações que o time colorado deu na partida, apenas uma, cabeçada do Guerrero após escanteio, foi de dentro da área.
O técnico Eduardo Coudet admitiu que faltou agressividade ao Colorado ao longo da partida. O treinador, no entanto, avaliou como positivo o empate fora de casa. Ele citou ainda o desgaste que o Inter teve com a viagem até Ibagué e o fato de ter jogado o segundo tempo do Gre-Nal de sábado (15) com 10 homens.
— Sempre queremos ganhar, mas é um ponto que nos deu muito trabalho. Concordo que gostaria de ter tido mais profundidade, uma maior presença de área. Levamos um empate depois de fazer um grande esforço. Não se pode subestimar um empate jogando fora de casa na Libertadores. Teremos a responsabilidade em casa, onde nos sentimos mais cômodos e chegaremos descansados — declarou o argentino.
Foi por conta do desgaste que Coudet abriu mão de escalar D’Alessandro como titular. Com Marcos Guilherme ao lado de Guerrero, ele procurou ter maior velocidade no ataque, algo que não deu resultado. O Tolima foi superior ao Inter ao longo do primeiro tempo, principalmente por exercer uma forte marcação na saída de bola colorada.
O Inter melhorou desempenho na etapa final, quando teve o controle do jogo. As finalizações perigosas vieram apenas nos acréscimos, com Boschilia e Bruno Fuchs, que arriscaram de fora da área e pararam em defesas do goleiro Álvaro Montero.
O Inter tem de melhorar, mas já melhorou muitas coisas. Faltam algumas coisas, mas há uma mudança de posicionamento na equipe".
EDUARDO COUDET
Técnico do Inter
— Oscilamos durante o jogo. Eles são muito rápidos pelos lados do campo e nos incomodaram no primeiro tempo. No segundo, não sofremos, tivemos mais a bola, mais finalizações e mais escanteios. Nos faltou profundidade? Sim, isso estamos buscando melhorar. Mas destaco a vontade que todos têm de sermos mais protagonistas — avaliou Coudet, que pediu tempo para que a torcida possa ver o time jogando um futebol melhor.
— Temos que trabalhar. Trouxemos jogadores muito bons, como é caso do Boschilia, mas que não vinham jogando. É necessário que ganhem ritmo. O Inter tem de melhorar, mas já melhorou muitas coisas. Faltam algumas coisas, mas há uma mudança de posicionamento na equipe. Hoje, o Inter joga no campo rival. Temos tido mais a bola que os adversários, finalizado mais — completou.
Com o 0 a 0 na Colômbia, o Inter viverá na próxima semana o mesmo cenário do confronto com a La U na fase anterior da Libertadores, quando o empate com gols também servia ao adversário. A postura contra os chilenos no Beira-Rio foi usada como exemplo por Edenilson para o jogo de volta com o Tolima.
— Com certeza, em casa podemos jogar melhor e garantir a classificação. Tem que ter a mesma postura que temos sempre, de quando ganhamos da La U. Tem que ter tranquilidade para decidir, porque vai ser guerra — disse o camisa 8.
— Temos de trabalhar, corrigir os erros e vencer em casa. Sabemos que vamos contar com a nossa torcida, que nos empurra. Conhecemos bem o nosso campo, o que nos favorece. Precisamos corrigir alguns erros para chegar mais à área adversária, temos de ser mais incisivos — completou o centroavante Paolo Guerrero, que chegou ao quarto jogo sem fazer gol na temporada.