Um torcedor da Universidad de Chile invadiu a pista atlética do Estádio Nacional por volta dos 35 minutos do segundo tempo. Depois disso, outros arremessaram cadeiras em direção ao campo. O técnico do Inter, Eduardo Coudet, afirma que o vandalismo prejudicou o jogo que terminou em empate, porém que não tinha poder para decidir a interrupção da partida. A disputa por vaga na fase de grupos da Libertadores, na tarde desta terça-feira (4), gerava preocupação da Conmebol desde antes do apito inicial.
— Sabíamos dos problemas sociais que vêm acontecendo aqui, mas não somos nós que temos que tomar as decisões. No momento que aconteceram os incidentes, tanto o árbitro quanto os encarregados da Conmebol que estavam no campo decidiram que o melhor era continuar o jogo. E nós não podemos interceder nisso — lamentou o argentino.
No intervalo da partida houve confronto entre um grupo de cerca de 30 torcedores chilenos e a polícia local no entorno do estádio. Os fatos nas arquibancadas chamaram a atenção de todos envolvidos na partida, mesmo que não tenham sido mostrados pela transmissão oficial da televisão.
— Sim, obviamente gera uma distração para todos. Até vocês da imprensa começam a olhar mais para o lado dos incidentes do que para o jogo. Creio que é muito difícil opinar porque por mais que tenhamos um pensamento, não contamos na decisão — comentou Coudet.
A situação lamentada por Coudet gerou indiretamente uma vantagem para o Inter em campo. O Estádio Nacional teve sua capacidade reduzida de 45 mil para 25 mil torcedores. Além disso, o adiantamento no horário da partida das 19h30min para as 18h combinado ao alto risco de protestos fez com que o público da partida fosse de cerca de 15 mil presentes.
— Jogou a nosso favor o fato de que o estádio não estava cheio como da outra vez que vim aqui. Isso produziria muita pressão — afirmou o técnico, projetando a partida da volta, no Beira-Rio, na próxima terça-feira (11):
— Mas vai ser uma equipe difícil. Prepararemos a melhor partida para poder dar um bom jogo ao nosso torcedor e poder classificar.
