Em vez de buscar uma vaga no time titular do Inter, Nico López pode estar de saída do Beira-Rio. Contratado em julho de 2016, após se destacar na Libertadores, Nico ainda poderá dar alguma dor de cabeça ao Inter. Na verdade, aos cofres colorados.
Ocorre que ao comprar 50% dos direitos econômicos do atacante uruguaio à Udinese, a direção colorada à época fez a seguinte negociação: US$ 1,6 milhão à vista mais quatro parcelas de US$ 700 mil (cerca de R$ 2,3 milhões) a cada nove meses.
Apenas uma delas foi quitada até agora. Restam três. Duas delas com vencimento em 2018 (janeiro e outubro). A última, em em julho de 2019, quando o jogador estará a um ano do fim do seu contrato com o Inter.
O problema é que a segunda parcela vence em janeiro e o Inter já luta com dificuldades para contratar reforços ao time de Odair Hellmann. Pior ainda, ter de pagar por jogadores que já estão no elenco.
Tal negociação, num total de US$ 4,4 milhões à época por Nico, foi feita assim porque havia a expectativa de o jogador ter sucesso no Brasil e, no prazo máximo de duas ou três temporadas, acabar revendido para a Europa. Nico, porém, ainda não se firmou como titular colorado, o que frustrou os planos e onerou os cofres do clube.
A partir de agora, a atual gestão colorada precisará renegociar com a Itália, pois não há dinheiro em caixa para quitar mais essa conta. A outra alternativa seria contar com o bom histórico de Nico no Nacional-URU e vendê-lo imediatamente facilitando, assim, o pagamento dos US$ 2,1 milhões restantes à Udinese. Um litígio com os italianos também não faria bem aos negócios, uma vez que em maio o Inter pretende comprar os direitos do volante Edenilson justamente com a direção da Udinese.
O mercado parece saber dessa dificuldade colorada. O jornal equatoriano Marcador publicou que a direção do Emelec tem interesse em Nico López, mas a partir de junho, quando o "contrato do jogador com o Inter estaria encerrado", conforme a edição - na verdade, o Inter tem acordo com o atacante até julho de 2020.