
O Inter está sendo assustador. Isso é incontestável. Mas se trata de obrigação traçar o mapa que levou o clube a essa situação. A crise não começou agora. Pelo contrário. Vem sendo alimentada desde 2015, quando iniciou-se uma sucessão de erros. Um clube grande não chega ao fundo do poço numa viagem expressa. Ele vem descendo em escalas. Erra na escolha dos técnicos, erra na formação do grupo, erra na dispensa de jogadores importantes no vestiário e em contratações feitas mais com cabeça de torcedor do que de gestor.
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A soma dos equívocos dos dois últimos anos desaguou agora. O Inter recomeçou em janeiro. Mudou todo o vestiário em quatro meses. Quando começou a Série B, parecia que estava de fato construindo um caminho. Só que três rodadas depois, decidiu mudar toda a comissão técnica. Isso significou novo recomeço. Guto Ferreira fez seis jogos e dois treinos em 21 dias de trabalho. Engatou seis jogos às terças e sábados. Não tem como formar time numa circunstância dessas. Futebol se faz com ensaio e repetição para consolidar ideias táticas. É preciso conhecer os jogadores e fazer com que eles
Depois de sábado, quando enfrentará o Brasil-Pel no Bento Freitas, Guto terá tempo para treinar. Serão duas semanas livres. Ao final delas e dos jogos contra Boa e Criciúma, será possível fazer alguma avaliação. Até lá, será injusta qualquer observação. O Inter é um time ainda em fase de reconstrução. Tanto que, neste 21 de junho, ainda está agregando jogadores. Claudio Winck foi reintegrado e virou alternativa para a lateral-direita. O que, convenhamos, já não era sem tempo.