O nome do novo técnico do Inter é Luiz Carlos Cirne Lima de Lorenzi. Mas você pode chamá-lo apenas de "Lisca Doido".
O apelido surgiu no Gauchão de 2013 quando o então treinador do Juventude eliminou o Grêmio nos pênaltis nas semifinais da Taça Farroupilha. Após o feito, ele não teve dúvidas: escalou um dos alambrados do Alfredo Jaconi e foi comemorar com o torcedor alviverde. Nascia o "Lisca Doido", apelido que remete ao mascote do clube da Serra, o Papo – ou "Papo Doido".
De personalidade forte e temperamento explosivo, o técnico que já passou pelas categorias de base coloradas retorna ao Beira-Rio nesta sexta-feira e que o Inter quer é vê-lo comemorar – seja com sua forma irreverente ou não.
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Abaixo, veja alguns dos episódios que reforçaram o codinome de Doido na história do técnico gaúcho:
1. Banho de espumante e quebra da bancada no Juventude
Em 2013, além de eliminar o Grêmio no Gauchão, Lisca comandou o Juventude no retorno do clube à série C do Campeonato Brasileiro depois de três amargos anos na Série D. Ao final da partida que confirmou a subida, enquanto o técnico concedia entrevista coletiva na sala de imprensa, um auxiliar adentrou com um litro de espumante em mãos e disparou um jato de bebida na direção de Lisca. Logo atrás, surgiram os jogadores para enloquecer a comemoração. Em seguida, todos subiram na bancada aos gritos de "Lisca, Lisca doido" e "Papo, Papo doido". O resultado da festa: a bancada foi abaixo, com jogadores e tudo.
2. Escalada no alambrado com o Náutico
Subir no alambrado e vibrar com a torcida virou quase uma marca do "Lisca Doido". Em 2014, após o Náutico encerrar um jejum de quase 10 anos sem vitórias, em jogo válido pela Copa do Nordeste, contra o Sport na Ilha do Retiro, o treinador levou o torcedor ao delírio ao escalar o alambrado. A partir daí, a torcida começou a entoar "Ah, é Lisca doido".
3. "Dancinha" para comemorar vitória do Náutico
Quando ainda estava no comando do Náutico, no ano passado, Lisca Doido fez a alegria da torcida mais uma vez em vitória sobre o Criciúma. Numa cutucada sobre o atacante adversário Neto Baiano, que comemorava seus gols dançando ou "frescando" (no Nordeste, a expressão popular "frescar" tem como significados brincar, provocar), Lisca atendeu ao pedido dos torcedores. Colocou uma mão na cintura e a outra esticou para o lado, mexendo do jeito que conseguiu a cintura. Após a partida, complementou a polêmica com uma declaração:
– De que jeito eu dancei? Eu não danço frescando, não. Ali é vanerão, rapaz. Lá no Sul, é vanerão. É diferente. É outro ritmo. Eu comemorei com minha torcida. Eles me chamaram.
4. Comemoração com a cabeça do mascote Vovô
Um dos momentos mais divertidos do técnico ocorreu quando liderava o Ceará. Em 2015, Lisca livrou o time nordestino do rebaixamento para a Série C do Campeonato Brasileiro. A façanha levou o técnico à loucura: roubou a cabeça do mascote Vovô vestiu ela e disparou rumo à torcida.
5. Comemoração sem camisa
Expulso durante os 90 minutos durante um clássico contra o Santa Cruz, o treinador do Náutico, em julho do ano passado, voltou ao gramado da Arena Pernambuco após o apito final da vitória de 2 a 1 para comemorar com a torcida. Como? Sem camisa. Para esquentar ainda mais os ânimos, Lisca deu declarações novamente polêmicas:
– Acho que isso está um pouco demais. Se ninguém mais puder falar no futebol, vamos levar o jogo para um teatro. Queria pedir para a CBF rever isso. A gente está vivendo aquilo. Eu não posso nem socar o ar sem ofender ninguém.
6. Lisca e seu jeito particular de comemorar
Essa, abaixo, também quando ainda estava no Náutico, é apenas uma das caretas que o treinador assume quando o time vai bem.
Imagens: Reprodução
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