
A partida desta quinta-feira contra a Ponte Preta pode se tornar um marco na história do Inter. Uma vitória colorada, combinada ao possível fracasso do Vitória na Vila Belmiro, livrará a equipe de Celso Roth momentaneamente da zona de rebaixamento. Há um mês sem vencer, o Inter corre sério risco de afundar de vez no Z-4, caso tropece diante dos paulistas.
E na hora da decisão, o técnico colorado remonta o time, de uma maneira mais convencional. William deixa o meio-campo e volta para a lateral direita – com Geferson na lateral esquerda. Sasha e Valdívia formarão o setor de armação, ao lado de Anderson. Na contenção, Rodrigo Dourado e Anselmo – mais Danilo Fernandes, no gol, além de Paulão e Ernando, na zaga. O ataque terá o retorno do goleador da equipe no Brasileirão, Vitinho. Esse time titular atuará junto pela primeira vez. Para ajudar ainda mais na mobilização dos jogadores, na tarde dessa terça-feira, os atletas tiveram um novo trabalho de motivacional com a coach Tânia Zambon
– Celso Roth faz o óbvio. E, cada vez que você faz o óbvio, a chance de acerto é maior – diz o comentarista da Rádio Gaúcha e do jornal Diário Gaúcho, Adroaldo Guerra Filho. – O William é bom jogador, foi convocado para a seleção olímpica justamente como lateral. Roth está optando por aqueles jogadores que rendem melhor em suas verdadeiras funções. E vai precisar de velocidade, para agredir a Ponte Preta. Ele começa com o que tem de melhor. Mas e se precisar mudar? Vai com quem? Ariel? Nico López? Tenho dúvidas – pondera Guerrinha.
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Um turno atrás, ainda sob o breve comando de Paulo Roberto Falcão, o Inter empatou em 2 a 2 com a Ponte Preta, no Moisés Lucarelli – com gols de Valdívia e de Ariel. Do novo time titular, sete jogadores começaram aquela partida: Paulão, Ernando, Geferson, Anselmo, Sasha, Valdívia e Vitinho.
– Os jogadores já se conhecem e Roth monta uma linha de meias com muita qualidade. São todos bons jogadores e que podem funcionar juntos de novo nesta hora de decisão – entende Maurício Saraiva, comentarista da Rede Globo e da Rádio Gaúcha. – O mais importante é que William retorna à lateral. Ele estava sendo o destaque do time até ser deslocado para o meio-campo. E o Inter não ganhou mais. O Inter pode funcionar assim, ainda que Anderson seja sempre uma interrogação, que Sasha tenha caído de produção e que Valdívia ainda não tenha voltado a ser o Valdívia do ano passado – conclui.
Em uma semana decisiva, Roth fechou os portões do Beira-Rio. O treino se desenvolveu longe dos olhos de imprensa e torcida. Na tarde desta quarta-feira, os portões serão cerrados uma vez mais. Vitinho, talvez o principal mistério colorado para o jogo, assegurou estar totalmente recuperado das dores musculares e pronto para jogar.
– Me senti bem e estou muito feliz em poder voltar. Da outra vez, quando machuquei o dedo, fiquei quase três semanas fora, mas estava bem fisicamente. Espero que a equipe toda encare o jogo como uma partida na qual temos de vencer. De qualquer jeito – afirma Vitinho.
O atacante ainda comentou o inaceitável tropeço diante do Santa Cruz, no Beira-Rio, jogo no qual o Inter começou a pavimentar o seu retorno ao Z-4:
– Todos os jogos daqui para a frente são finais de campeonato. Estávamos bem contra o Santa Cruz e tivemos um deslize. Isso pesa. Mas, quinta-feira, outra vez em casa, com a nossa torcida, temos de começar vencendo para ter tranquilidade. Todos nós estamos muito focados – garante Vitinho.
Como o jogo entre Inter e Ponte Preta será às 21h, os colorados irão a campo já conhecendo o resultado de Santos e Vitória, na Vila Belmiro, que se iniciará às 19h30min. O Inter precisa secar o Vitória.
Ponte Preta
Com três derrotas seguidas, a Ponte Preta praticamente não corre risco de rebaixamento (tem 45 pontos e, matematicamente, irrisório 1% de chance de cair), mas promete ir ao Beira-Rio buscando uma vitória reabilitadora. O técnico Eduardo Baptista vem testando diversos jogadores na equipe principal e ainda não definiu o time que jogará em Porto Alegre. A provável formação contará com Aranha; Nino Paraíba, Douglas Grolli, Antônio Carlos e Breno Lopes; João Vitor, Wendel e Matheus Jesus; Clayson, Felipe Azevedo (Rhayner) e William Pottker.
– Independente de quem jogue, temos de entrar com sangue nos olhos, pois será uma partida complicadíssima, que vale a vida para o Inter. Para nós, vale a volta dos bons resultados, pois estamos devendo – diz o ex-zagueiro do Grêmio, Douglas Grolli.
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