
Troco rápido o canal da TV que anuncia que vai passar os melhores momentos dos jogos de segunda-feira. Não sei quem jogou. Nem quero saber. Quero um espaço para fugir de qualquer referência futebolística. Vou para o canal de músicas.
Evito as conversas de grupos no WhatsApp. Passo o dia desviando dos colegas colorados da redação. Aqueles com quem o papo, invariavelmente, passa pelo Inter, sabe? Não quero falar sobre. Adio ao máximo a escrita do próximo post no blog.
Mas não adianta. Tudo me faz lembrar da zona de rebaixamento. Não há fuga. Não há escapatória. É um fantasma que me persegue do momento em que saio da cama até o momento em que volto para ela. Chega a parecer bobo abatimento tal ser ocasionado por algo tão banal quanto o futebol. Não deveria ser tão importante, mas é. "A mais importante das coisas sem importância", disse o italiano Arrigo Sacchi, treinador da azurra na Copa do Mundo de 1994.
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"É um pouco pior do que isso", responderia este colorado que não consegue pensar em outra coisa que não a tabela do Campeonato Brasileiro 2016.
No mais, amigos, o fantasma toma forma. Foi um turno inteiro jogado fora. Dezenove jogos, um passeio por todos os adversários da elite do nacional, e apenas uma vitória. Precisamos de tantos pontos que qualquer prognóstico positivo parece exagerado, mentiroso, enganador.
Que sofrimento interminável. Seria tão mais fácil se tudo se resolvesse assim, com um clic do controle e uma mudança do canal de esportes para o de música. Peraí, é a marcha fúnebre isso que tá tocando?!
*Marcelo Carôllo é assistente na editoria de vídeos de ZH e colabora com o Blog Torcedor Colorado ZH
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