Poucas vezes vi um treinador sendo tão massacrado como foi Argel. Na semana passada, o treinador se atreveu a dizer o que todo o mundo sabe e diz: que os reforços demoraram em chegar. Foram dois, na verdade.
Um estreou dois jogos atrás e o segundo entrou em campo pela primeira vez no domingo, dia 10 de julho, metade do ano. Argel registrou um fato comum, mas as suas palavras foram, imediatamente, interpretadas como crítica pública aos dirigentes. Em momento algum Argel responsabilizou seus chefes pela demora das contratações. Apenas falou o óbvio conhecido.
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Durante três dias repetiram a intriga com indisfarçável vontade de colocar o profissional em confronto com os dirigentes. Eu não quero aplaudir.
Histórico
O Inter não errou quando decidiu valer-se do primeiro semestre para observar jogadores oriundos das categorias de base. A acertada política inviabilizou contratações internacionais no começo do ano. A nova janela só se abriu em julho.
Solidário com o Inter, Argel gastou o tempo observando e dando oportunidades para os garotos da base. Este processo tem preço. Quando percebeu que poucos reconheciam que os reforços só chegaram pela janela de julho, lembrou que as contratações demoraram a desembarcar no Beira-Rio. Falou a verdade, não criticou ninguém e foi mandado para a frigideira.
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