
Não se pode falar em surpresa negativa do Inter na largada do Brasileirão. As dificuldades contra a Chapecoense eram previsíveis diante do Gauchão conquistado sem brilho e baseado na força operária.
A solidariedade é uma virtude no esporte coletivo, sem dúvida, mas sozinha não leva ao paraíso. É preciso mais recursos, táticos e técnicos. Quem sempre foi até chato em relativizar o desempenho durante o campeonato provincial por motivos notórios – o Inter só enfrentou um time de Série A, o Grêmio, que, por incompetência, não foi à final –, pode falar até com mais autoridade.
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Se não ampliar o repertório, individual e de conjunto, o limbo da tabela será o destino. Talvez G-4, suando sangue.
As voltas de Valdívia e de Rodrigo Dourado ajudarão ali adiante, mas não o suficiente. Seijas, em tese, é reforço, mas é impossível prever quanto tempo vai demorar a adaptação. Pode entrar voando, claro que sim, mas a regra é demorar um tanto.
Também ajudaria não complicar uma substituição simples. Bastaria, diante da Chapecoense, Argel trocar um volante defensivo, Fabinho, por um meia, Ferrareis, em vez de mexer nas duas laterais. Restaram enfraquecidos os flancos em ambos os lados quando William passou para a esquerda e Fabinho terminou o jogo encostado na direita. De nada adiantou.
Enfim: o Inter tem de cuidar com o risco do limbo. Já saiu no prejuízo logo na primeira rodada.
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