
O Inter entra numa semana decisiva. Não apenas pela disputa da semifinal da Primeira Liga, quarta-feira, em Brasília. Mas também pelos rumos que esse jogo pode indicar para o clube. Uma derrota empurra Argel ainda mais para o paredão.
Embora o projeto do clube para este início de temporada tenha sido de apertar o cinto nos gastos e apostar na gurizada, não estava no planejamento um futebol tão simplório. O grande problema do Inter não está nos nomes. Passa longe deles, aliás. A torcida é sempre simpática aos jogadores formados em casa, mostra-se mais tolerante com eles. A questão está mesmo é na forma como o time tem jogado. Ou melhor, como não tem jogado.
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O Inter entra o outono sem identidade, sem uma estruturação em campo na qual o torcedor possa identificar. É nesse ponto que se cobra de Argel. É papel do técnico construir um DNA para a equipe e, a partir dele, construí-lo. O Inter deste 2016 corre muito na disposição da gurizada e pensa pouco com a bola. Abrevia jogadas, insiste em cruzamentos para a área e faz desse recurso o seu único trunfo.
Para completar esse cenário desalentador, as referências técnicas parecem desconectadas do contexto colorado. Vitinho ainda parece de férias. Quando tenta jogar, faz em proveito próprio, como se estivesse sozinho em campo. Anderson, por sua vez, é apenas uma grife com selo do Manchester United. Em 2015, havia a desculpa da pré-temporada. Depois, da falta de ritmo. Em seguida, alegou-se necessidade de readaptação.
Estamos às portas de abril e essas justificativas perderam o prazo de validade. Diante desse cenário, a partida contra o Fluminense é decisiva para o Inter. Mas muito mais para Argel. A sombra do Brasileirão começa alvoroçar os bastidores colorados.
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