Com uma equipe recheada de reservas, o Atlético-MG esperou o Inter em ritmo de amistoso. Só correu um pouco mais porque atuou ao lado da torcida no Estádio Centenário. Ganhou sem fazer grande esforço. Tem mais time, jogadores mais qualificados, um ataque mais poderoso. Marcou um gol no primeiro tempo, outro no segundo, criou mais, controlou as ações, jamais correu perigo.
O 2 a 1 foi correto. O Galo esteve sempre mais interessado na vitória durante os 90 minutos.
O Inter perdeu o ânimo na reta final da competição, que o deixou longe do título, distante da Libertadores e fora do Z-4. Os mais experientes entregaram os pontos, a defesa falhou outra vez, mas Muriel praticou as melhores defesas. Não fosse o goleiro, o resultado seria outro, com mais gols, por certo.
O esforço colorado fica na conta dos mais novos, que sofrem com a falta de organização da equipe. São eles que valem o trabalho de Clemer, que terá mais quatro partidas no comando do time. Depois, ao que tudo indica, Abel Braga assumirá o controle. Clemer deixará meia dúzia de jovens como herança ao novo treinador.
O ex-goleiro fala a real. Diz que o Inter está em transição, os jovens oscilam, estão ansiosos, não conseguem manter uma regularidade, algo normal. Seis garotos entraram em campo. A nova geração colorada se mostra.
Fosse um clube menor, com uma folha de pagamento raquítica, uma posição abaixo do 10º lugar, tudo estaria bem. Como é o Inter, sempre faminto por títulos e com uma folha de pagamento milionária, tudo é crítica. O final do ano está sendo o pior possível.