O Inter pisou o gramado da Arena Fonte Nova para não perder. Sem D'Alessandro, o técnico Dunga preferiu Willians. Tinha Caio, até Fabrício. Escolheu Willians.
Como era de se se esperar, o time ficou mais lento, mais atrasado, mais burocrático, mais desequilibrado. Menos ousado. Aí, a questão emblemática.
O Bahia namora o rebaixamento. O estádio nada tinha a ver com caldeirão. O líder Cruzeiro somara três pontos na véspera, abrindo 15 pontos. Todos os elementos autorizavam um pouco só de atrevimento. Mas não. O Inter pensou em não perder antes de mais nada, quando tinha de pensar em vencer antes de mais nada.
A ausência de criatividade do primeiro tempo foi o reflexo da escalação. Arrastado, apático, lateral, com erros de passe. Não mudou na volta do intervalo. Só quando Caio entrou o time ganhou um pouco de velocidade na transição ofensiva.
O resumo da derrota por 2 a 0 é terrível. Outubro está chegando e o Inter não tem esquema e nem time titular. Na Fonte Nova, os volantes não protegeram, houve falta de força na marcação, a defesa inteira acima dos 30 anos sofreu com a juventude adversária, latifúndios surgiram entre os setores e a imprecisão ofensiva se repetiu.
A grandeza de um campeão do mundo, que precisava vencer mas entrou para não perder contra um candidato ao rebaixamento, foi golpeada na noite desta quinta-feira.