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Para manter o sonho do octacampeonato, o Grêmio precisará antes buscar sua vaga na final em Caxias do Sul. Neste sábado (1º), às 16h30min, o Tricolor enfrenta o Juventude no Estádio Alfredo Jaconi pela partida de volta das semifinais. Um jogo que começou a esquentar pelos episódios registrados na zona mista da Arena após a vitória gremista por 2 a 1 no primeiro jogo da fase.
A tensão interna, e também externa, se explica pelo peso histórico que o Gauchão deste ano ganhou com a chance do Grêmio de igualar a sequência de oito títulos consecutivos que o Inter somou entre as temporadas de 1969 a 1976. Uma preocupação que Gustavo Quinteros deixou claro que entendia enquanto ainda negociava o acerto com a direção durante as conversas em dezembro.
— Também quero fazer parte dessa história — disse o técnico.
Mas além do peso histórico, as últimas rodadas também aqueceram os bastidores da semifinal. Um processo que se iniciou pelas polêmicas recentes de arbitragem. A maior delas, e que agitou a semana antes da partida de volta entre Grêmio e Juventude, foi a decisão referendada pelo VAR de não assinalar pênalti de Abner em Monsalve.
O episódio rendeu uma série de duras entrevistas com cobranças. Primeiro Gustavo Quinteros e o vice de futebol Alexandre Rossato se manifestaram de forma contundente horas depois da partida. E no dia seguintes, em entrevista à Rádio Gaúcha, o presidente Alberto Guerra também se posicionou.
— Vamos insistir, já para a próxima rodada, em juízes de fora, porque se assim não for feito, aí a responsabilidade é toda da Federação.
O Juventude também manifestou desconforto com o clima que se formou para a partida deste sábado. Após o jogo na Arena, Júlio Rondinelli, executivo da equipe da Serra, relembrou uma falha de arbitragem na disputa da final.
— Ano passado, a gente teve um pênalti muito mais escandaloso aqui e ninguém falou nada. Nós não choramos como eles estão chorando — disse.
A missão dos jogadores
Apesar de todo o ambiente tenso, o Grêmio tentou blindar jogadores e comissão técnica. Um clima que foi relatado por Cristian Olivera, que concedeu entrevista para a Rádio Gaúcha e ZH na última quinta-feira (27). O atacante uruguaio citou como o grupo encara a missão de buscar o octacampeonato. E que o entendimento interno é que o time precisa focar apenas nas próprias forças, sem prestar atenção nos adversários.
— Acho que o jogo mais complicado que temos é com nós mesmos, porque temos que gerar uma intensidade que os rivais não consigam enfrentar o jogo que fazemos — explicou.
Por toda essa soma de ingredientes, o Grêmio sabe que encontrará um ambiente tenso em Caxias do Sul. Mas para alcançar um feito histórico, o caminho à final precisará passar por mais um triunfo sobre Juventude e todas as dificuldades que ainda poderão se apresentar até uma eventual final.
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