Pela primeira vez desde o anúncio oficial, o presidente Alberto Guerra deu detalhes sobre a saída do técnico Renato Portaluppi. Em entrevista aos veículos do Grupo RBS, nesta sexta-feira (27), o mandatário reforçou que o assunto só foi definido ao final da temporada. Mesmo com o término deste ciclo, as portas seguem abertas ao ídolo do clube.
A saída foi anunciada no dia 9 de dezembro, um dia após o fim do Campeonato Brasileiro. O encontro que selou a decisão foi entre Renato e o presidente gremista. A temporada desgastante de 2024 foi um dos fatores que pesou pelo desfecho da não permanência.
— É até um pouco simbólico pra mim, né? O Renato começou comigo em 2010 (como técnico no Grêmio) e agora ele ter encerrado ao menos esse ciclo. Acho que é importante dizer que ele saiu com as portas totalmente abertas, uma relação maravilhosa com o clube, com todos os vice-presidentes, funcionários, jogadores. Foi um ano de 2024 bastante difícil, bastante desgastante, não só para nós, até em função também da enchente, mas a própria situação da tabela do Grêmio ao longo do ano. E a gente entendeu, não só, isso aí foi de comum acordo, muito mais o Renato, inclusive, de que ele precisava descansar, de que ele precisava ter um tempo pra ele — afirmou Alberto Guerra.
Quando questionado sobre a direção ter recebido algum indicativo de que Renato deixaria o comando técnico, Guerra foi taxativo:
— Em nenhum momento a gente sentiu que ele queria deixar o clube. Muito pelo contrário, a gente estava muito fechado no objetivo de tirar o Grêmio daquela situação e dentro do possível classificar para uma competição sul-americana que acabou acontecendo, ainda que de uma forma difícil, mas assim acabou acontecendo — revelou o presidente do Grêmio, que ainda completou:
— E, como você sabe, a minha relação com o Renato extrapola a figura de presidente e treinador. É também de muita amizade, porque em muitos momentos nós estivemos juntos, momentos bons, momentos difíceis. Então, a gente estava imbuído tão somente em tirar o Grêmio daquela situação e não falávamos em outra coisa que não fosse isso.
A saída de Renato provocou uma posição do Grêmio na janela de transferências que já não se via há algum tempo: a busca por um novo treinador. Até o momento, não houve anúncio. Mesmo sem confirmar o acerto com Gustavo Quinteros, o presidente afirmou que tem um pré-contrato assinado com o futuro técnico. E que existe multa contratual em caso de rompimento do acordo.
— A gente vinha de muitos anos aí com o Renato ou com o Roger. E poucos outros treinadores, né? A primeira questão foi a característica do treinador, tendo em vista a característica dos nossos jogadores, o que a gente queria e também alguém que fosse, não adianta mudar também do 8 para o 80, então, já ter algo também construído pela comissão que passou aqui. Então, a gente, como característica, buscou um técnico que é construtivo, que propõe o jogo, que tem intensidade também na sua maneira de jogar.
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