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Após a derrota no Gre-Nal 443, neste sábado (19), no Beira-Rio, o presidente do Grêmio, Alberto Guerra, defendeu o técnico Renato Portaluppi, criticado por ter se apresentado somente na terça-feira (15), um dia após o grupo de jogadores. Na segunda-feira (14), quando os atletas retomaram os treinos visando o clássico, Renato estava de folga no Rio de Janeiro.
— Esse assunto já foi falado pelo vice (Antônio Brum), já foi falado pelo Renato, e está tudo certo internamente entre nós — afirmou Guerra.
Questionado sobre um eventual fim de ciclo de Renato no Grêmio, declarou que isso será analisado somente ao final do ano. O presidente gremista assegurou não temer o rebaixamento. O Grêmio terminou a rodada três pontos acima do primeiro time do Z-4.
— Isso deixo para vocês (imprensa) analisarem (sobre fim de ciclo). A gente trabalha todos os dias em busca das vitórias. Sabemos dos erros internos. O presidente erra, o vice erra, o treinador erra, o jogador erra. Muito mais potencializado por tudo o que a gente passou (enchente). A gente vai avaliar isso (futuro de Renato) no final do campeonato. O que já dissemos é que nós vamos até o final com o que a gente tem, buscando sair dessa situação incômoda e classificando o Grêmio para uma competição sul-americana — declarou Guerra depois do jogo, em entrevista coletiva.
Apesar das análises gerais de que o Grêmio fez um jogo ruim, o dirigente avaliou a atuação do time como "razoável".
— Não sei se merecíamos melhor sorte. Foi um jogo típico de 0 a 0 ou 1 a 1, onde quem fizesse o primeiro gol, um gol de chiripa, acabaria levando a vitória. Foi o que aconteceu. Infelizmente, tomamos o gol e não conseguimos fazer quando tivemos oportunidade — disse Guerra.
Ele voltou a chamar a atenção para os efeitos da enchente. A tragédia climática afastou o Grêmio da Arena entre 20 de abril, data do último jogo antes da cheia, contra o Cuiabá, e o dia 1º de setembro, quando voltou a mandar partidas em casa contra o Atlético-MG.
— Durante quatro meses, nós jogávamos fora de Porto Alegre. A gente voltava, conseguia treinar aqui, tinha de pegar um voo para jogar em Chapecó, para jogar em Curitiba, quando poderia ter jogado em Porto Alegre, inclusive aqui nesse estádio (Beira-Rio). Talvez a gente chegue aqui um pouco mais cansado do que numa outra situação. Não é desculpa. O que a gente está querendo dizer é que tudo que a gente passou potencializa ainda mais alguns erros que, obviamente, foram cometidos e que todos cometem — justificou Guerra.