A vida do Grêmio na Libertadores só será resolvida daqui a dois meses, quando o Tricolor encara o Fluminense pela oitavas de final da competição. O primeiro jogo será de mando gremista, com a esperança que seja na Arena, no dia 13 de agosto, enquanto a volta ocorrerá no Maracanã, no Rio de Janeiro, dia 20.
A vaga no mata-mata foi conquistada na garra, com o segundo lugar no Grupo C, após começar o torneio com duas derrotas seguidas. Depois do início ruim, o Grêmio mostrou conhecimento na competição e soube disputar jogo a jogo como se fossem finais.
Para encarar o atual da Libertadores, entretanto, será necessário mais. Os colunistas de GZH trazem pontos em que o Tricolor precisa se atentar para superar o Fluminense.
Diogo Olivier, colunista e comentarista de GZH
"O Grêmio precisa de mais opções para Renato. Hoje, ele tem um time, mas na hora de fazer reposições, sofre demais — sempre lembrando que a régua é alta, de Libertadores. É só ver como cai o rendimento sem Diego Costa e Cristaldo. Terá também de manter o tônus de marcação que se viu contra The Strongest (no Couto Pereira), Huachipato e Estudiantes, os dois últimos fora de casa. Como fica menos tempo do que o adversário com a bola, o Grêmio precisa tirar o espaço, e isso se faz com disciplina coletiva defensiva."
Marcos Bertoncello, plantão esportivo e colunista de GZH
"Sistema defensivo. O Grêmio vem sofrendo muitos gols, assim como foi no ano passado. A diferença é que, em 2023, o desempenho notável de Luis Suárez pesou favoravelmente à equipe. Não vejo como uma questão de peças tão somente, mas sim de sistema tático para deixar o time menos exposto."
Leonardo Oliveira, colunista e comentarista de GZH
"O desafio do Grêmio passa muito por ajustes entre as suas linhas. Desde o ano passado, quando precisa jogar de forma propositiva, a equipe dá espaço demais. Os adversários flutuam muito às costas dos volantes do Grêmio, batem direto com os zagueiros e criam muitas chances. Ano passado, a defesa foi de rebaixado, enquanto o ataque foi o melhor do campeonato. No final das contas o equilíbrio pendeu para cima, mas não pode tomar tantos gols. Renato precisa encontrar o equilíbrio entre defender-se bem e atacar bem. Isso passa por ter um time mais compacto, o que não quer dizer jogar atrás. Significa um time mais aproximado nos seus setores e linhas, com velocidade e transição."