
Com futuro incerto no Grêmio, Kannemann vive um momento atípico dentro do clube. Ídolo da torcida e protagonista em momentos de glória do Tricolor, como nos títulos da Copa do Brasil, em 2016, e da Libertadores, em 2017, o zagueiro argentino pouco conseguiu ajudar o time dentro de campo neste ano e tem a renovação analisada internamente.
Ainda que exista o desejo de permanecer, o empecilho pode estar na relação custo-benefício. Como o argentino tem um dos maiores salários do Grêmio, ao lado de Geromel, com valor próximo a R$ 1 milhão, o clube só pretende renovar seu contrato caso retorne à Série A. Em meio a essa indefinição, porém, o vínculo com o clube se encerra no fim do ano e ele já pode assinar pré-contrato com outra equipe. Kannemann, inclusive, já foi procurado por um time do Catar.
Sem saber onde jogará em 2023, o zagueiro está entregue ao departamento médico do Grêmio para tratar de uma lesão muscular de grau 2 sofrida na panturrilha esquerda no dia 18 de junho. Antes disso, fez apenas quatro jogos na temporada, já que passou os primeiros meses do ano recuperando-se de uma cirurgia no quadril, que o incomodava desde o ano passado.
Por conta das lesões, vinha atuando cada vez menos pelo Grêmio. Se em 2022 foram apenas quatro jogos dos 33 disputados pelo clube na temporada, o percentual de participação vem diminuindo a cada ano desde 2017. No ano da conquista do Tri da América, esteve em campo em 77% dos jogos. Na temporada seguinte, em 65%. Depois, 56% em 2019, 46% em 2020, 39% em 2021 e apenas 12% neste ano.