Menos de 24 horas depois da derrota para o Palmeiras, que aprofundou a crise no Grêmio, Douglas Costa participou de uma live no YouTube para os canais “Pilhado” e “Ale Oliveira”. Durante uma conversa de cerca de 20 minutos, o camisa 10 comentou o momento delicado vivido pela equipe no Brasileirão.
— Sendo sincero, nosso maior problema era não ter uma identidade de jogo. Agora (com o técnico Vagner Mancini), a gente criou uma, mas não consegue manter por dois tempos. Joga um tempo bem, depois dá uma apagada. Isso interferiu muito em nossa caminhada dentro do Brasileiro — declarou ele. — Estamos confiantes no grupo, pois sabemos que nosso time não é ruim. Só estava um pouco desorganizado. A única coisa que a gente faz agora é correr contra o tempo, então não pode ficar se lamentando pelo jogo de ontem, sendo que quarta-feira já tem outro jogo importante.
Com os resultados da 29ª rodada, o Tricolor se manteve na penúltima colocação na tabela de classificação, a sete pontos de distância do Bahia, que é o primeiro clube fora do Z-4. Na próxima quarta-feira (3), o time visita o Atlético-MG, no Mineirão, em partida atrasada.
— É claro que eu queria estar brigando por títulos, mas não vou jogar a toalha. Vou lutar para o time permanecer, para estar no Brasileirão no próximo ano. E que cheguem caras importantes também, porque o time não é feito só de superávit, de passar o ano bem financeiramente — avaliou o meia-atacante.
Revelado no Estádio Olímpico, Douglas Costa retornou ao Grêmio em maio deste ano, após uma década atuando na Europa. O jogador, no entanto, pregou que o clube devia ter se reforçado melhor.
— O Corinthians fez uma coisa bacana. Eles estavam no meio da tabela sofrendo, contrataram quatro caras importantes e já reverteram totalmente o quadro. Eu bato muito nesta tecla. Os caras montaram um elenco em um, dois meses, isso contagiou totalmente quem estava lá e mudou totalmente a página — citou ele.
Por fim, questionado se permanecerá no clube em caso de rebaixamento à Série B, o camisa 10 revelou que nem pensa em deixar a Arena.
— Eu sou um cara que jamais jogo a tolha. Vou até o final. Tenho contrato de mais dois anos e é só isso que se passa pela minha cabeça. Muitas pessoas falam outras coisas, mas eu sou daqui e vou continuar independentemente do que acontecer. Até porque voltei por isso — disse, para completar: — Tenho mais dois anos de contrato. Não tem para onde correr.