A derrota para o Independiente del Valle, que causou a eliminação do Grêmio na Libertadores, repercutiu também na Europa. Mais precisamente em Portugal, terra do técnico Renato Paiva. Em entrevista ao canal A Bola TV, o comandante do time equatoriano revelou ter pedido dicas ao seu compatriota Abel Ferreira, treinador do Palmeiras.
— Não tenho problema nenhum em dizer que nós, taticamente, estudamos muito bem o Grêmio. O Abel, que é meu amigo, nos ajudou nisso, porque teve dois jogos contra o Grêmio na final da Copa do Brasil. Portanto, ajudou-nos ao oferecer informações em relação ao adversário, mas nós fizemos o resto. Depois, estudamos as fortalezas e as fraquezas, que todas equipes têm — destacou ele, que, agora, terá de enfrentar seu amigo na fase de grupos do torneio continental.
Ao mesmo tempo, Paiva alfinetou o planejamento tricolor. Segundo ele, a antiga comissão técnica gremista — que deixou o clube após a eliminação — não estuou a equipe equatoriana suficientemente.
— Acho que foi uma questão tática, porque estudamos muito bem o adversário. E posso até dizer que, em parte, o Grêmio não estudou o Independiente, porque na conferência de imprensa, antes do jogo, um dos jogadores disse: "Desta vez, estudamos o Independiente e agora já sabemos como jogam". Mas já tínhamos jogado um jogo e tinham perdido por 2 a 1. Por isso, eu digo que nós estudamos melhor o Grêmio do que ele estudou a nós — avaliou.
Apesar da crítica, o treinador português elogiou a qualidade dos jogadores do Grêmio e explicou a fórmula utilizada para vencer o compromisso na Arena.
— Se perguntar qual foi a chave, foi claramente termos a bola. Porque, quando teve a bola, o Grêmio nos causou problemas, precisamente pela qualidade de Pepê, Jean Pyerre, Diego Souza, Alisson, Maicon. São tantos que custa salientar. Portanto, tiramos a bola do Grêmio e sempre que tivemos a bola foi para criar perigo — completou.