A nona final de Copa do Brasil do Grêmio vale mais do que o sexto título da competição para o clube. Vencer a edição de 2020 do torneio colocaria R$ 54 milhões nos cofres da Arena, o time direto na fase de grupos da Libertadores de 2021, daria o direito de disputar a Supercopa do Brasil e recuperaria o posto de maior campeão do mata-mata nacional, ao lado do Cruzeiro. Além disso, coroaria mais uma vez o longevo trabalho de Renato Portaluppi na casamata do Tricolor.
O hexa da Copa do Brasil seria o quarto título de Renato em âmbito nacional ou internacional desde que voltou ao Grêmio, em 2016. Sua permanência não depende da conquista, e o presidente Romildo Bolzan garante que o assunto é de fácil resolução, mas não há dúvidas de que o treinador recordista em jogos pelo clube quer aumentar sua lista de faixas de campeão.
— Creio que vai ser uma renovação natural, até porque no futebol brasileiro eu não vejo uma situação de algum clube conseguir cobrir todas as dimensões, não só as salariais, mas, principalmente, a forma de relacionamento que o Renato tem conosco aqui, com o clube e com a torcida — disse o presidente, em entrevista à GZH nesta segunda-feira (4).
— Não quero falar de final. O mais importante agora é curtir. Já dei os parabéns para o grupo. Foi um ano muito difícil. O Palmeiras é uma grande equipe, que tem o nosso respeito. Com certeza vai ser uma grande final. Vamos ter tempo para pensar nela — declarou Renato, após a classificação contra o São Paulo, na última quarta.
Será a quarta vez que Portaluppi disputa uma decisão de Copa do Brasil. Em 2006, com o Vasco, perdeu, recuperando-se no ano seguinte com o Fluminense. Em 2016, assumiu o Tricolor depois da saída de Roger Machado e terminou o jejum gremista de títulos expressivos que durava 15 anos. Uma eventual conquista em 2020 faria o Grêmio repetir uma sequência dos anos 1990.
Entre 1993 e 1998, o Tricolor de Fábio Koff e Cacalo, liderado por Felipão, conquistou duas Copas do Brasil, um Brasileirão, a Libertadores e a Recopa Sul-Americana. Ao Grêmio de Romildo falta o Campeonato Brasileiro para igualar a série de títulos nos mesmos seis anos de gestão (2015 a 2020). Se for incluído o Gauchão nas contas, Renato soma três e empata com os títulos conquistados em 1993, 1995 e 1996.
Títulos do Grêmio entre 1993 e 1998
- Duas Copas do Brasil (1994 e 1997)
- Libertadores 1995
- Brasileirão 1996
- Recopa Sulamericana 1996
- Gauchão (1993, 1995 e 1996)
Títulos do Grêmio entre 2015 e 2020
- Copa do Brasil 2016
- Libertadores 2017
- Recopa Sulamericana 2018
- Gauchão (2018, 2019, 2020)