O desejo do Grêmio em ter Everton, meia-atacante do São Paulo, ainda é concreto. Apesar dos envolvidos nas tratativas declararem que as conversas esfriaram, o Tricolor gaúcho não descarta alterar as diretrizes para confirmar a transação, que envolveria o atacante Luciano. O impasse poderá ser resolvido nos próximos dias para o desfecho das tratativas.
O recuo nas conversas se deve aos movimentos dos paulistas. O primeiro foi a exigência de compensação esperada pela diferença nos direitos sobre os jogadores. Enquanto o Grêmio possui apenas 50% do vínculo de Luciano, o São Paulo tem 100% de Everton.
Na avaliação do Morumbi, a diferença geraria desvantagem, mesmo que o valor de mercado do atacante seja superior ao do meia. Apesar de estar próximo de receber pela transferência de Everton, a ordem é não gastar na Arena. Por isso, manter parte dos direitos econômicos do possível novo reforço com o São Paulo é algo analisado. Klauss Câmara, executivo gremista, tenta convencer os dirigentes do São Paulo que Luciano é mais jovem, e a chance de uma negociação futura é maior na comparação com Everton — além do contrato do atacante ser mais longo: até o final de 2022, enquanto o alvo gremista tem vínculo até meados de 2021.
Os argumentos seguem na mesa de negociações. No entendimento gremista, Everton não ter entrado em campo na estreia do time de Fernando Diniz é uma "consideração importante" para as conversas voltarem a esquentar. A intenção é esgotar as possibilidades até o final de semana pelo desejo de Renato Portaluppi em contar com Everton antes de buscar um plano B para a extrema esquerda.
— Já era um sonho antigo, queria no Grêmio naquela época. Agora, está tendo uma chance. Falo do jogador no momento que assina o contrato com o clube. Vamos aguardar os próximos dias para ver o que acontece — declarou o treinador após a última partida, contra o Ceará, na quarta-feira.