Campeão da Série B em 2005 na histórica “Batalha dos Aflitos”, Sandro Goiano é lembrado até os dias atuais pela passagem pelo Grêmio. Mesmo que o grande o título tenha sido a taça da segunda divisão do campeonato nacional, há outros feitos enaltecidos pelo ex-atleta, como ter conquistado vaga na Libertadores de 2007 e o título de dois estaduais (2006 e 2007). Já tendo passado como executivo no América, de Ribeirão Preto, e no Sport, o ex-volante é dono de propriedades rurais no Pará e em Goiás, além de ter escolinhas de futebol.
— Cheguei no pior momento da história do clube. Tínhamos muitas dificuldades. Pegamos um presidente que foi bem honesto com a gente. Muitos jogadores não queriam ir pelas dificuldades. Graças a Deus tínhamos o Mano Menezes também. Conseguimos dar uma boa resposta — relembra Sandro.
Atualmente, o ex-volante reside em Goiânia, capital do estado que ele carrega no nome que o fez conhecido pelos gramados. Antes do Tricolor, participou do time que levou o Paysandu também a conhecer a Libertadores. Depois, além de voltar ao norte do Brasil, levantou uma Copa do Brasil pelo Sport Recife. São as três passagens guardadas com carinho por ele, que ainda mantém contato com os ex-companheiros do Grêmio de 2007 pelo WhatsApp, inclusive, com Diego Souza, que retornou à equipe gaúcha em 2020.
Sandro encerrou a carreira em 2011. Logo fez a transição para os bastidores do futebol. No interior de São Paulo, aceitou o convite de um amigo para trabalhar no América, de Ribeirão Preto, e teve participação na formação e indicou Luan, em 2012, para o Grêmio.
— Montamos um time pra jogar a Copa-SP. Já subimos ele pro profissional depois. Liguei pro seu Verardi, ele passou o contato do olheiro gremista em São Paulo que foi lá ver. Deu certo — orgulha-se Sandro.
O status de ídolo o conduziu aos gabinetes do Sport Recife como gerente de futebol em 2013. Depois, voltou à capital de Goiás para montar escolinhas de futebol para jovens menores de 14 anos. Tinha o sonho de firmar parceria com o Tricolor, mas encontrou dificuldades para criar o vínculo.
— Tentei contato com o Grêmio, mas a burocracia era muito grande — lamenta.
A ligação com o meio futebolístico ainda é grande. Aos 46 anos, sonha em seguir trabalhando com a modalidade, porém ainda não definiu em qual função:
— (Estou) Morrendo de saudade de voltar. Comecei a fazer curso da CBF online. Nada específico.
Outra esperança de Sandro é o jovem “Davi Goiano”, seu filho de 11 anos. Apesar de ter nascido apenas em 2009, quando ele já não atuava pelo Tricolor, o garoto é torcedor gremista:
— Meu filho é apaixonado pelo Grêmio.