Em 2015, o Grêmio iniciava seu projeto de reestruturação sob a gestão de Romildo Bolzan Júnior e com Felipão como técnico. Depois de se desfazer de atletas de alto salário, como Barcos e Marcelo Moreno, o clube tentava dar um tiro certo com o meia Cristian Rodríguez. Aos 29 anos, o jogador apelidado de "Cebolla" havia passado por grandes clubes da Europa, como PSG, Porto e Atlético de Madrid, e era um dos principais nomes da seleção uruguaia. Apesar de ter empolgado a torcida, o reforço ficou apenas dois meses em Porto Alegre, disputando somente duas partidas.
Sua estreia aconteceu no dia 14 de março, quando atuou por 60 minutos na vitória de 1 a 0 sobre o Cruzeiro-RS, na Arena, pelo Gauchão. Logo em seguida, porém, o jogador sofreu uma lesão muscular, que ocasionou até mesmo o corte de um amistoso com o Uruguai. Para piorar, no mesmo período, a Federação Italiana divulgou que ele devia cumprir uma punição de quatro jogos, referente ao período em que defendeu o Parma.
No dia 26 de abril, Cebolla voltou aos gramados ao ingressar no segundo tempo do primeiro jogo da final do Gauchão, contra o Inter. Mal sabiam os torcedores que aquela seria sua última apresentação pelo Tricolor. Com nova lesão muscular diagnosticada, ele não entraria em campo no jogo da volta, no Beira-Rio.
— As lesões e o episódio do julgamento fizeram com que ele quase não jogasse no Grêmio. Ele tomou a iniciativa de falar conosco e propôs a possibilidade de rescisão contratual. Esse contexto frustrou a todos nós. O Grêmio deixaria de desembolsar valores altos. Por esta frustração, é a melhor saída — explicou o então diretor executivo do Grêmio, Rui Costa, na ocasião.
Mesmo deixando a Arena, o meia deu sequência à sua carreira longe do Brasil. Entre 2015 e 2016, defendeu o Independiente, da Argentina. Por fim, desde 2017 está novamente no Peñarol, clube que o revelou no início do século. Ainda hoje, aos 34 anos, veste a camisa aurinegra.